Estradas

Pedágio passará a ser cobrado em oito cidades mineiras na BR-040

Valor para automóveis nos nove dos 11 postos de cobrança tem alta de 37,12% e vai a R$ 4,60

Por Juliana Gontijo
Publicado em 20 de julho de 2015 | 10:56
 
 
 
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Quem passa pela BR–040, no trecho entre Brasília e Juiz de Fora, pode reforçar a carteira a partir do dia 30 deste mês. É que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a cobrança nas praças de pedágio nesta segunda e ainda concedeu um reajuste de 37,12% na tarifa básica, que vigorava até então para a Via 040, concessionária da rodovia, antes mesmo do início da operação. Com isso, o pedágio para automóveis simples passa de R$ 3,33170 para R$ 4,56851. A nova tarifa terá valor final de R$ 4,60, após arredondamento. O valor pode chegar a até R$ 27,60 (neste caso, caminhão com reboque), dependendo do veículo. A agência não informou o critério usado para o reajuste.

Nesta segunda, dez dias antes do início da arrecadação das tarifas, nove das 11 praças de pedágio foram abertas em caráter educativo com orientação aos motoristas e informações (operação assistida). São elas as praças de Cristalina (GO), na altura do KM 93 da rodovia; na região Noroeste de Minas: nas cidades de Paracatu, KM 18, Lagoa Grande, altura do KM 91, João Pinheiro, KM 172, São Gonçalo do Abaeté, KM 254; na região Central do Estado: em Felixlândia, KM 328, Curvelo, KM 405, Capim Branco, KM 487 e Barbacena, KM 714.

Já as duas praças restantes, Itabirito e Conselheiro Lafaiete, previstas no contrato de concessão, ainda aguardam autorização da ANTT. O funcionamento delas também será precedido de dez dias de operação assistida. A decisão foi publicada em resolução no “Diário Oficial da União” desta segunda. Alguns usuários da rodovia, na praça de pedágio 8, em Capim Branco, não gostaram da notícia.

Para o caminhoneiro Leonardo Cristino de Oliveira, o brasileiro já paga muitos impostos. “Eu passo aqui todos os dias, vai pesar nos meus custos”, reclama. Oliveira conta que os custos subiram, em especial os gastos com óleo, mas o frete não acompanhou. “Não devo conseguir repassar. Assim, vou acabar ganhando menos”, observa.

O representante comercial Edilson Vicente da Silva acha injusta a cobrança do pedágio. “O fato é que o governo é competente para cobrar, mas não para fazer o que precisa ser feito”, diz.

O caminhoneiro Ivan Amorim Silva também reclama do aumento dos custos com a cobrança do pedágio. “Eu vou para Betim todos os dias. Logo, vou ter que passar pela praça de pedágio”, conta. Para ele, nem mesmo a melhoria da via justifica a cobrança do pedágio. “Pagamos impostos demais no Brasil”, diz.

Já o comerciante José Francisco Raposo concorda com a cobrança, se as condições da rodovia melhorarem.

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