Pilotos fizeram "voos de protesto" nesta quarta-feira (29) contra o fechamento do aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte. Cerca de 40 aeronaves decolaram com destino ao aeroporto da Pampulha. Segundo o grupo, o objetivo foi mostrar a importância do aeródromo, que tem a desativação prevista para o próximo sábado (1º). 

O protesto ocorreu em meio às articulações do governo de Minas, junto ao governo federal, para manter a operação do aeródromo por mais seis meses. O tema chegou a ser alvo de reunião em Brasília nessa terça-feira (28), mas a União manteve a posição de finalizar as operações no aeródromo. 

A Associação Voa Prates, que representa empresários, pilotos, instrutores e mecânicos, organizou o ato. Segundo o grupo, dos 25 primeiros voos, apenas 18 foram autorizados a pousar na Pampulha. As outras sete aeronaves precisaram retornar à base aérea do aeroporto Carlos Prates. Os demais 15 aviões sequer tiveram o plano de voo autorizado.  

Os voos lotaram o aeroporto da Pampulha. Com isso, aeronaves sem hangar não podiam pousar no terminal. Segundo a Associação Voa Prates, o protesto provou a incapacidade da estrutura na Pampulha de absorver as demandas do aeroporto Carlos Prates. 

"O aeroporto Carlos Prates é o segundo aeroporto mais movimentado de Minas Gerais, com 70 mil operações anuais, além de ser o segundo maior centro de formação de aviadores do Brasil. Para onde vão levar as mais de 100 aeronaves que continuam na nossa base?", questionou Estevan Velásquez, presidente da Voa Prates.

Em ofício, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) concedeu prazo até 1º de abril para desmobilização total do espaço. O prazo gerou revolta de empresários. Conforme a Associação Voa Prates, o aeroporto conta com mais de 120 aeronaves, algumas desmontadas e em manutenção.