Ituiutaba

Pintor estelionatário se passava por promotor para pedir doações

Uma das vítimas chegou a doar R$ 6 mil para o suspeito; pelo menos sete pessoas já procuraram a delegacia

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 06 de agosto de 2014 | 17:45
 
 
 
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Um pintor de 46 anos foi preso pela Polícia Civil (PC) de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, após se passar por promotor de Justiça para pedir doações a pelo menos sete moradores do município. O estelionatário Cláudio José Nascimento, conhecido como "Goiaba", foi detido na obra em que trabalhava na terça-feira (5) após denúncias de duas vítimas. Porém, somente nesta quarta-feira (6) outras cinco pessoas que caíram no golpe procuraram a delegacia. 

Segundo as informações da delegada Daniela Diniz, responsável pela prisão, uma das vítimas a procurou nesta terça. "A vítima relatou que recebeu uma ligação de um promotor pedindo doações para reformar a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), que auxilia presos em regime semi-aberto", explicou a policial. 

Após convencer a sua vítima, Nascimento informava que enviaria um pintor responsável pela obra para recolher o dinheiro, sendo que ele mesmo ia até o local. "Uma das vítimas repassou R$ 6 mil e depois de suspeitar procurou a Apac, que negou que estaria recolhendo doações", lembrou Diniz.

Após a informação da prisão do suspeito sair nos noticiários, outras cinco pessoas que também doaram dinheiro para o suspeito procuraram a delegacia. "Cada vez ele pedia um valor, teve um que doou R$ 400, outro apenas R$ 70. O suspeito confessou o crime, mas o valor não foi recuperado e ele não informou em que gastou os valores", disse. Nascimento tem três passagens pela polícia por estelionato e uma por furto. 

Dicas

A delegada aproveita para dar alguns conselhos para empresários evitarem este tipo de golpe. "Antes de fazer qualquer doação, deve-se entrar em contato diretamente com a entidade beneficiada para se certificar. Além disso, não se deve aceitar o número passado pela própria pessoa, pois pode passar um contato de algum comparsa que se passará por funcionário", orientou Diniz. 

Ela também afirmou que é pouco provável que autoridades como promotores e juízes realizem pessoalmente pedidos de doações. 

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