A reconstituição do assassinato do motorista de reboque Anderson Cândido aconteceu na tarde deste domingo (20). O delegado Rafael de Souza Horácio, acusado de matar Anderson a tiros, deve ser interrogado, agora que já foi realizada a reprodução simulada do evento.

A reconstituição foi feita na avenida do Contorno, no Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, local onde aconteceu o crime, em 26 de julho. A Polícia Civil informou em nota que "cumpriu a determinação judicial e realizou a reprodução simulada dos fatos no processo criminal".

O interrogatório do delegado foi adiado para 29 de novembro, às 17h. O processo de instrução do caso teve início em 9 de novembro. A fala do réu estava prevista para ocorrer no dia 10, após o término das falas das testemunhas. Contudo, os advogados de defesa solicitaram que o interrogatório só ocorra após a reprodução simulada do crime. 

Após a fase de processo de instrução, será definido se Rafael de Souza Horácio será julgado pelo Tribunal do Júri, órgão do poder judiciário com a competência para julgar os crimes dolosos, ou intencionais, contra a vida.

O objetivo da acusação, conforme a promotora Ana Claudia Lopes, é que o réu seja pronunciado e julgado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado, descrito da denúncia apresentada à Justiça. 

Na denúncia, o MPMG afirma que o crime foi cometido por motivo fútil mediante a insatisfação do delegado quanto à manobra de trânsito e dificultou a defesa de Anderson, já que ele foi baleado de forma repentina e logo após ter tido a passagem obstruída pelo delegado.