Polícia investiga suposto policial civil que matou cadela

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o envolvimento de um suposto policial civil na morte de uma cadela, na noite da última sexta-feira (6), na região da Pampulha. O agente é suspeito de matar o animal com um tiro no peito, dentro de um depósito de gás, no bairro Santa Amélia. Os envolvidos no caso serão ouvidos nesta sexta-feira (13), na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova.

De acordo com o boletim de ocorrência, a situação teve início quando o motorista do depósito abriu o portão do estabelecimento para fazer uma entrega e a cadela, da raça Pastor Alemão, correu em direção a uma mulher que estava na rua. Com medo do animal, ela começou a gritar. No entanto, segundo Hiram José Marques do Carmo, de 28 anos, dono do depósito, a cachorra saiu de perto da mulher rapidamente e voltou para dentro do estabelecimento.

"A cachorra tinha mania de atravessar a rua sempre que a gente abria o portão. Mas ela não mordia ninguém, era adestrada. Ela chegou perto da mulher, mas não avançou nela, não rosnou nem latiu. Mas a mulher começou a xingar palavrões", disse Hiram a nossa reportagem.

O proprietário se desculpou pelo ocorrido e liberou seu motorista para fazer a entrega. Mais tarde, a mulher retornou acompanhada do marido, que seria policial civil, e que, segundo Hiram, é cliente antigo do depósito.

"Quinze minutos depois, ela voltou com o marido. Ele perguntou quem é que estava instigando o cachorro contra a mulher. Eu me apresentei como dono do depósito e perguntei o nome dele, mas ele disse que não interessava. Depois ele ameaçou: 'Eu vou matar você e a sua cachorra'. E eu disse: 'faça como quiser'. Ai ele sacou a arma da cintura, apontou pra mim e atirou na cachorra", relatou.

A cadela ainda tentou se esconder, mas foi atingida. Chegou a ser socorrida, sem, porém, resistir aos ferimentos.

Após os disparos, por volta das 17h40 da última sexta (6), o suspeito saiu andando tranquilamente, entrou no carro e foi embora. O dono da cadela, então, anotou a placa do veículo e procurou a polícia. "Meu filho de 5 anos de idade estava chegando da escola naquele momento. Ele viu tudo, e isso atrapalhou ele até na escola. Ele ficou muito abalado, está desnorteado", finalizou Hiram.

O caso foi registrado e está sob a responsabilidade do delegado Matheus Cobucci.

Atualizada às 22h