Belo Horizonte

Polícia realiza condução coercitiva por espancamento de estudante

Estão sendo cumpridos três mandados de condução coercitiva e outros cinco de busca e apreensão nas casas dos suspeitos

Por Aline Diniz
Publicado em 10 de outubro de 2016 | 07:22
 
 
 
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A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta segunda-feira (10), três mandados de condução coercitiva e outros cinco de busca e apreensão nas casas dos suspeitos de espancar o estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos, a 500 metros da boate Hangar, no bairro Olhos d'Água, na região do Barreiro. 

O suspeito Hélio Alberto Borja Brum estava em casa, no bairro Belvedere, na região Centro-Sul, quando o delegado Flávio Grossi chegou ao local. Na residência, o delegado procurou a jaqueta que o jovem teria usado no dia do espancamento. O celular de Brum também foi apreendido.

O crime aconteceu no feriado do dia 7 de setembro deste ano e teria sido motivado por um envolvimento amoroso entre Papini e uma ex-namorada do principal suspeito de iniciar a confusão, Rafael Bicalho, de 19 anos.

O estudante de medicina teria sido agredido por pelo menos quatro jovens.  Ele sofreu hemorragia cerebral, fratura nos ossos da face, traumatismo craniano e lesões pelo corpo e chegou a ficar no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Biocor, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. O delegado Flávio Grossi, responsável pelas investigações, informou anteriormente ao TEMPO sobre a possibilidade de indiciar o suspeito por tentativa de homicídio. Papini teve sequelas após o espancamento. Ele não escuta do lado esquerdo e teve paralisia facial. 

Rafael Bicalho foi detido no dia 16 de setembro em decorrência de um processo relacionado à Lei Maria da Penha. Ele teria agredido a mesma ex-namorada em setembro do ano passado durante uma discussão, após uma festa. O suspeito foi liberado Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 26 de setembro. Desde então, o suspeito usa tornozeleira eletrônica e necessita seguir orientações do magistrado, em um processo que corre em segredo de Justiça.

A Polícia Civil esteve também na residência de Rafael Bicalho para cumprir mandado de busca e apreensão, também no Belvedere. O jovem foi intimado a comparecer à delegacia. Segundo o delegado Flávio Grosso, um pedido de prisão contra o jovem foi feito, mas a requisição foi negada pela Justiça.

Os conduzidos foram levados para prestar depoimento na 4ª Delegacia de Polícia do Barreiro pela equipe do delegado Flávio Grossi. O suspeito Hélio foi ouvido e liberado. Pouco depois de 10h, o suspeito Thiago Motta Vaz chegou em um carro da Polícia Civil para ser ouvido. O principal suspeito, Rafael Bicalho, ainda está prestando depoimento. Já o quarto suspeito, identificado como Thiago, está no exterior, conforme o advogado. 

Assista a entrevista coletiva, concedida pelo delegado, que investiga o caso:

 

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