Alto Paranaíba

Polícia soluciona crime 17 anos depois e indicia parente por homicídio em MG

Vítima de 46 anos foi achada morta em 2007 em Patos de Minas; familiar e namorado cometeram crime e acusaram desafetos para atrapalhar apuração

Por José Vítor Camilo
Publicado em 21 de dezembro de 2023 | 00:03
 
 
 
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A Polícia Civil (PC) concluiu, nesta quarta-feira (20 de dezembro), uma investigação de um homicídio ocorrido há 17 anos em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba. O caso, marcado por crueldade e tentativas dos suspeitos de dificultar as apurações, resultou no indiciamento de uma mulher de 55 anos, parente da vítima, e do namorado dela, de 43 anos.

O inquérito policial foi instaurado após a descoberta do corpo de uma mulher de 46 anos, encontrado com uma corda amarrada no pescoço próximo ao lixão de Patos de Minas, em 19 de janeiro de 2007.

Segundo o delegado Luis Mauro Sampaio Pereira, o casal planejou o crime, estrangulando a vítima e criando evidências falsas para incriminar terceiros com quem a investigada tinha desavenças.

Para executar o homicídio, o casal teria criado uma situação em que os demais moradores da casa da vítima saíssem, deixando-a sozinha. “Nesse momento, os suspeitos asfixiaram a vítima usando uma corda. Depois, colocaram o corpo da vítima no porta-malas do carro, levando-o para o local da desova, e disseram para os outros familiares que ela tinha saído e não teria voltado”, detalha o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, as investigações apontam que o casal também simulou um sequestro. “Usaram um bilhete falso de socorro, inclusive apontando que um dos desafetos da suspeita estava entre os autores, encenaram ligações telefônicas pedindo resgate e ameaçaram testemunhas para deporem de forma mentirosa perante as autoridades policiais que conduziram o caso”, acrescenta.

Inquérito era o mais antigo da Delegacia local

Apesar da complexidade do caso, por se tratar do inquérito policial mais antigo em andamento na Delegacia de Patos de Minas, os investigadores do município foram persistentes, e só desistiram depois da elucidação dos fatos.

"A Polícia Civil manteve sua confiança na conclusão do inquérito e empenhou-se de forma transparente na coleta de depoimentos, para apurar a autoria do crime, reforçando seu compromisso com a sociedade e os familiares das vítimas na busca pela verdade e pela Justiça", finalizou Pereira.

Os dois suspeitos foram formalmente indiciados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia com dificuldade de defesa da vítima, ocultação de cadáver e coação no curso do processo.

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