A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) completa, nesta sexta-feira (9), uma semana de buscas pelo empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, que desapareceu no último dia 2 após viajar para Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. De acordo com o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de lá, delegado Mário Souza, pistas indicam um trajeto do empresário para o litoral norte gaúcho. 

Diligências foram realizadas nesta sexta-feira (09 de junho) na cidade de Santo Antônio da Patrulha, cidade que fica a pouco mais de 80 km de Novo Hamburgo. “Hoje focamos em Santo Antônio da Patrulha, uma área de mato, areia e mar. Estamos ali com todas as forças de segurança do Estado”, contou.  

Segundo o delegado, as diligências e buscas são realizadas no local após as investigações apontarem que o empresário pode ter desaparecido nesta cidade ou arredores. “Ele teria desaparecido lá. Aqui, em Novo Hamburgo, é no Noroeste do Estado, e indo na diagonal, no Noroeste, você vai chegar no litoral Norte. Essa cidade já é no litoral Norte, então esse trajeto nós vimos pela investigação que ele percorreu. As vindas dele, o contato dele era em Novo Hamburgo, mas a investigação apontou que ele teria ido lá para Santo Antônio da Patrulha”, explicou.  

 O responsável pelo DHPP de Novo Hamburgo contou que as buscas pelo empresário envolvem todos os órgãos da segurança, como Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Instituto Geral de Perícias (IGP) e cães farejadores. Na última busca o efetivo era de 42 policiais civis, além dos outros órgãos. “Hoje temos novamente uma grande equipe, são dezenas de policiais na busca pelo Samuel”, detalhou.  

A equipe de investigação não confirma prisão no caso e outras diligências. Para o delegado, o foco principal é encontrar a vítima e as buscas seguirão enquanto houver condições para isso. Mário Souza disse que não pode divulgar detalhes do caso enquanto não encontrar a vítima, já que isso tiraria o foco do principal objetivo da operação.  

Mesmo com a vasta experiência, o delegado considerou o caso complexo e que as buscas ocorrem em uma área “complicada”. “O trabalho é mais complexo porque ele estava sozinho, sem rotina aqui no Estado, apenas uma pessoa conhecida. É um desaparecimento incomum, não tinha porteiro, não tinha pessoal do bar que podia dar rotinas, então isso dificulta um pouco as buscas, mas agora estamos caminhando, está bem adiantado para traçar tudo o que ele fez e o caminho que percorreu”, afirmou.  

 Denúncias têm chegado pelo disque-denúncia (0800 642 0121), mas no momento a polícia usa dados de investigação, apesar de o delegado frisar que as denúncias são bem-vindas. Algumas hipóteses já foram descartadas pelos investigadores, como a possibilidade de haver a participação de algum conhecido dele de Minas Gerais no desaparecimento.