A madrugada na casa da Karina de Melo, de 43 anos, foi de preocupação. O filho Enzo, de 4 anos, estava febril e mal conseguia comer. Na manhã deste sábado, ele foi atendido no Centro de Saúde do bairro Rio Branco, na região de Venda Nova, e foi diagnosticado com estomatite. Apesar do susto com o filho, a dona de casa elogiou o atendimento. "Foi bem rápido, fui atendida em 30 minutos e ele já passou pela médica, já saiu com a indicação do remédio graças a Deus", relata.
Além do Centro de Saúde no bairro Rio Branco, os atendimentos neste sábado também acontecem no Centro de Saúde do bairro Santa Terezinha, na região da Pampulha. A iniciativa da prefeitura de Belo Horizonte faz parte do Plano de Contingência da Secretaria Municipal de Saúde para evitar a superlotação das Upas em razão do cenário epidemiológico na capital. Em 2023, os casos de dengue, chikungunya e doenças respiratórias estão em alta, o que tem elevado o número de atendimentos no serviço público.
Em relação a dengue, até o dia 17 de março, for confirmados 479 casos de dengue e mais de 3 mil casos notificados. Em relação a chikungunya, já foram confirmados 251 casos em BH no mesmo período.
Nos centros de saúde abertos neste sábado, o horário de atendimento começou às 7h e vai até às 18h. Segundo a subsecretaria de atenção a saúde, Taciana Malheiros, é possível que a iniciativa se estenda para outras regionais, caso seja necessário.
"Iniciamos a abertura de dois centros de saúde e a partir do monitoramento do atendimento e a procura dessa unidades, encaminharemos ativamente para a abertura de um centro de Saúde por regional", explica.
População aprova
Em busca de atendimento médico após um quadro de dor intensa no corpo, febre e diarréia, a atendente Luana Lopes, de 37 anos, esteve pela manhã no Centro de Saúde do bairro Rio Branco. Ela aprovou o atendimento. "Ontem eu cheguei a ir na UPA do Odilon Behrens, mas tava muito cheio. Passei mal de madrugada e hoje vim aqui. O atendimento foi rápido e já saí com a medicação pra dor que eu preciso tomar, foi ótimo", conta.
Já a professora Ana Paula Alves, de 41 anos, elogiou a disponibilidade no fim de semana. Ela trouxe a filha Heloísa, de 4 anos, que estava com muita dor na garganta.
"Ela passou mal de madrugada e foi muito bom ter vindo aqui hoje, que é um dia mais tranquilo pra quem trabalha durante a semana. O atendimento foi rápido e agora é tomar a medicação e torcer pra ela melhorar", conta.