Em Arcos

Prefeito cai em cova, quebra caixão e interdita parte de cemitério

De acordo com o prefeito, a interdição de parte do cemitério de Arcos, na região Centro-Oeste de Minas, foi necessária para que novos acidentes não aconteçam no local

Por Ailton do Vale
Publicado em 13 de julho de 2017 | 20:03
 
 
 
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Parte do Cemitério Municipal Aristides Pires de Andrade, em Arcos, na região Centro-Oeste de Minas, foi interditada nesta quinta-feira (13), a pedido do prefeito Denilson Teixeira (PMDB), que sofreu um acidente na tarde de quarta-feira (12) durante uma vistoria no local. Ao caminhar entre as lajes que cobrem as sepulturas, uma delas se quebrou e ele caiu dentro da cova. Os pés do prefeito afundaram no caixão de um morto enterrado ali há sete anos.

“Estava andando pelo cemitério durante uma vistoria para apurar outros problemas no local e falando no celular quando afundei no túmulo. Não sou pesado e, mesmo assim, a laje quebrou. Não me machuquei, mas um idoso, por exemplo, poderia não ter a mesma sorte”, ponderou o prefeito, que responsabiliza as administrações passadas pelo problema.

“É um absurdo a estrutura frágil que colocaram ali. Uma laje de espessura muito fina e com pouco cimento. A placa, que deveria ter pelo menos 11 centímetros, como fora determinado, tinha apenas 2. Sem contar que parte do cimento estava esfarelado e na armação onde deveria ter ferro, tinha bambu”, contou.

De acordo com o prefeito, a interdição de parte do cemitério foi necessária para que novos acidentes não aconteçam no local. “Interditei somente essa rua do cemitério, local onde estão diversas lajes que certamente podem apresentar o mesmo problema. Não posso deixar que outros cidadãos de Arcos sofram um acidente como o que aconteceu comigo”, disse.

Denilson Teixeira explicou que já solicitou ao departamento de obras da prefeitura a troca de todas sepulturas do local. “Vamos colocar placas de uma boa estrutura que eu garanto que vai ser concreto forte, diferentemente do que foi colocado nas gestões passadas”, concluiu.

Entrevista com o prefeito Denilson Teixeira:

O que o senhor fez depois que caiu na cova?

“Não foi nada grave. Estava muito tranquilo. Afundei meus pés, mas não fiquei machucado. Saí de dentro do túmulo, liguei para a Polícia Militar (PM) e registrei um boletim de ocorrência”.

Outras sepulturas podem apresentar o mesmo problema?

“Certamente. O Ministério Público, inclusive, já estava levantando esse caso. Mas no dia do acidente estava em uma vistoria para resolver outros problemas no cemitério. Não esperava que fosse acontecer isso comigo. É um local por onde passam várias pessoas e caminham normalmente. A interdição foi necessária exatamente por isso”

Esse problema já aconteceu com alguém anteriormente?

“Aconteceu sim, inclusive, com o último prefeito. Ele caiu lá do mesmo jeito”.

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