A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um total de 257 pássaros sendo transportados ilegalmente pela BR-040 em Sete Lagoas, na região Central de Minas. Em duas abordagens a veículos com placas de Belo Horizonte, três pessoas foram presas.
Na primeira ocorrência, por volta de 1h30, foi abordado um GM Cobalt que era conduzido por um jovem de 24 anos. Segundo os agentes, ele desembarcou do veículo bastante nervoso, o que gerou suspeita.
Durante uma fiscalização mais detalhada no carro, foram localizados 93 papagaios, seis araras-canindé, duas araras vermelhas e três jandaias, que estavam em caixas improvisadas no porta-malas.
Questionado sobre a origem dos animais, o motorista informou que saiu de Unaí, no Noroeste de Minas, com destino a Contegem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O passageiro de 28 anos, que também estava no veículo, confirmou a versão do condutor e alegou que tinha conhecimento sobre transporte dos pássaros.
Foi acionada uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), recolheu os animais. Os suspeitos tiveram que assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Em uma segunda ocorrência, por volta das 05h15, os policiais abordaram um Renault Logan conduzido por um homem de 55 anos, que também apresentou um comportamento alterado durante a fiscalização, despertando a atenção dos agentes.
Ao realizarem a averiguação do veículo, os policiais encontraram 140 papagaios, três araras e 10 pássaros-pretos, dentro de caixas acondicionadas no porta-malas. Questionado sobre a origem dos pássaros, o motorista somente declarou que se deslocava de João Pinheiro, região Noroeste de Minas, também com destino a Contagem.
Os animais recolhidos foram entregues ao Ibama. O detido também assinou um TCO na delegacia.
A PRF informou que, somente no mês de outubro, 422 pássaros silvestres foram apreendidos no mesmo trecho. Se forem somadas as ocorrências do mês passado na BR-040, 688 aves foram recuperadas.
É considerado crime ambiental matar, perseguir, caçar ou apanhar animais da fauna silvestre. Quem impede a procriação da fauna, modifica ou danifica ninhos, vende, expõe ou transporta sem permissão, licença ou autorização é punido com pagamento de multa, com valores variáveis a partir de R$ 500.