Professores da rede particular de ensino de Belo Horizonte marcaram para a próxima quarta-feira (1º) uma nova paralisação e assembleia.  A presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro MG), Valéria Morato, não descartou a possibilidade de uma greve geral da categoria nos próximos dias.

"Nós rejeitamos a proposta apresentada e vamos permanecer em estado de greve, ou seja, até a próxima quarta-feira manteremos as aulas, mas na próxima assembleia podemos deflagrar a greve da categoria", disse.

Os professores se reuniram na manhã desta terça-feira (24), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste salarial. 

De acordo com o Sinpro-MG, as escolas estão oferecendo um reajuste salarial de 5% , mas professores pleiteiam um aumento de 25,23%, considerando a inflação acumulada desde 2020, além de 5% de ganho real.

Com relação as denúncias de que alguns professores teriam sofrido ameaças de demissão em caso de participação na assembleia,  Valéria disse que o setor jurídico está atento e tomará providências. 

"Qualquer professor que se sentir ameaçado ou coagido, pode entrar em contato com o sindicato, que tomaremos as medidas  cabíveis judiciais", completou.

Posicionamento

Em nota,  o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) destacou que "busca um acordo que acolha, de forma pontual e equilibrada, as demandas das partes".
A entidade lembrou que a pandemia da Covid-19 impactou muito o segmento e que, inclusive, 12 mil alunos deixaram a rede particular de ensino.

"Cerca de 90% das instituições associadas à nossa entidade se constituem de micro e pequenas empresas que ficaram muito afetadas por causa da queda do capital de giro e do fluxo de caixa neste período de pandemia", diz a nota.

A entidade ainda frisa que acredita que se chegará a "a um bom termo nessas negociações, com todas as partes sendo contempladas".