Quatro regiões de MG avançam para Onda Amarela após queda de incidência da Covid

Quatro regiões de Minas Gerais vão poder avançar para a Onda Amarela do programa Minas Consciente, informou o governo do Estado nesta quinta-feira (29), após 45 dias seguindo fases mais restritivas (Roxa e Vermelha). A decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne semanalmente.

Norte, Triângulo do Norte, Vale do Aço e Jequitinhonha são as macrorregiões contempladas, que podem seguir as novas normas já a partir de sábado (1/5). Também avançam as microrregiões de Curvelo, Patos de Minas, João Pinheiro, Carangola, Muriaé, Ubá, Cássia/Passos, Piumhi e São Sebastião do Paraíso. A fase amarela permite medidas mais flexíveis para abertura do comércio (todo ele já é autorizado a funcionar na fase vermelha, mas com limitações), além de outras atividades.

A região Nordeste, única que ainda estava na Onda Roxa, teve melhora e progride de fase para a Vermelha. Desta forma, agora, nenhuma região mineira se encontra na fase mais restritiva, criada como medida emergencial em março e de adesão obrigatória.

Nos últimos 14 dias, segundo o governo do Estado, houve queda de 38% na incidência da Covid-19 em Minas Gerais. Apenas na última semana, a redução foi de 13%.

Além disso, o governo informou que cidades com menos de 30 mil habitantes também apresentaram queda na incidência da Covid-19 por duas semanas seguidas. Assim, 75 municípios que tiveram incidência abaixo de 50 casos para 100 mil habitantes podem progredir automaticamente de Onda, independentemente da situação da região. No entanto, nenhuma macro ou microrregião pode sair da Onda Roxa para outra que não seja a Vermelha.

Atualmente, 670 municípios aderiram ao Minas Consciente, o que representa quase 79% do Estado.

Recuo

Em nota enviada à imprensa, o governador Romeu Zema ressaltou que ainda é necessário manter os cuidados sanitários e elogiou o comprometimento dos mineiros durante a fase mais restritiva, a Onda Roxa, que foi imposta em todo o Estado no mês de março. “As medidas restritivas da Onda Roxa foram penosas para todos, mas o nosso esforço, agora, aparece na queda considerável na incidência e no número de internações. Isso se refletirá, nas próximas semanas, em queda no número de óbitos, que é o principal objetivo”, disse.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o percentual de pessoas com sintomas gripais que testam positivo para Covid-19 atualmente em Minas Gerais é de 39%. O número chegou a cerca de 50% em março. A fila de espera por um leito de UTI também caiu caiu de 211, no dia 22/4, para 179 nesta quinta-feira (29). O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, comentou o fato na nota enviada à imprensa: “Essa queda demonstra que o vírus está circulando menos na sociedade. Os dados indicam que o nosso pico foi no dia 15/4, e a Onda Roxa foi fundamental para que não tivéssemos uma alta muito pior do que a que vivenciamos”, disse.

Segundo a secretaria, a vacinação já foi responsável por uma queda no número de óbitos nas faixas etárias que receberam as duas doses, especialmente acima de 90 anos. Hoje, a maior taxa de óbitos está na faixa de 60 a 79 anos, que está sendo vacinada no Estado.