O secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, não descartou o risco de contaminação comunitária de coronavírus no Estado - quando não é possível identificar a origem da transmissão e há dificuldade de contar. A declaração foi dada em entrevista coletiva dos secretários de governo na tarde desta segunda-feira, na Cidade Administrativa.
Ele informou que o Estado está se preparando para conter a transmissão, caso seja confirmada a contaminação comunitária. Ele acrescentou ainda que, a depender da curva de notificações de casos nos próximos dias, medidas mais restritivas podem ser adotadas, como a restrição de circulação.
“A preocupação é com próximo fim de semana porque se a curva se incrementar mudaremos as orientações para medidas mais agressivas, que provavelmente será uma paralisação mais prolongada com o objetivo de evitar a transmissão”.
Ele acrescentou ainda que a paralisação da rede estadual de educação por cinco dias a partir da próxima quarta-feira (18) tem como objetivo se preparar para o caso de aumento considerável do número de casos. Ou seja, a suspensão das aulas pode ser prolongada no Estado.
“Diferentemente de outros estados, Minas está tendo a oportunidade de se preparar antes que a epidemia se instale. Hoje ainda não há transmissão comunitária no Estado, e se houver, a orientação é de suspensão definitiva das atividades da rede escolar na regional onde for identificada”, acrescentou o novo secretário de governo, Mateus Simões.
O secretário de Saúde também afirmou que o Estado está fazendo uma gestão de leitos de CTIs para casos graves. Também já pediu ao Ministério da Saúde mais 500 kits para o teste de coronavírus realizado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). O material deve chegar até o final da semana, mas o secretário garantiu que ainda não há falta de kits no Estado.