Segundo dia de greve dos rodoviários tem estações fechadas em BH

Pelo segundo dia consecutivo, as estações Vilarinho, Venda Nova, Diamante e Barreiro estão completamente paralisadas por causa da greve dos rodoviários de Belo Horizonte e região metropolitana. Além disso, alguns atos de vandalismo já foram constatados nas primeiras horas desta terça-feira (25). Uma reunião na noite dessa segunda-feira (24) terminou sem acordo entre grevistas e empresas e a paralisação continua por tempo indeterminado.

No fim da madrugada houve a queima de um pneu no bairro Jonas da Veiga, na região Leste de Belo Horizonte. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e compareceram à rua Fósforo, onde o fogo foi controlado.

Militares do 22º Batalhão de Polícia Militar também foram acionados, mas nenhum suspeito foi identificado. Segundo os policiais, não é possível afirmar se as chamas foram provocadas por integrantes do movimento grevista ou por usuários do transporte público.

No bairro São Marcos, na região Nordeste da capital, manifestantes fazem piquete perto de uma empresa. Usuários estariam ameaçando entrar na garagem de uma das empresas. Em todos os casos, policias militares fazem patrulhamento nas áreas.

Durante um encontro nessa segunda, mediado pelo Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais,  o  Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros Metropolitanos (Sintram) não apresentou nenhuma proposta ao  Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH e região (STTRBH).

Além disso, o STTRBH afirmou que não havia sido avisado sobre a liminar que exige 70% dos coletivos na rua. Segundo o sindicato, a escala mínima de 30% está sendo cumprida. Uma audiência marcada para acontecer na tarde desta terça, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os dois lados devem tentar um acordo.

Região metropolitana

Usuários do transporte público de algumas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte também encontram dificuldades por causa da greve dos rodoviários. Em Betim, Contagem, Lagoa Santa e Ibirité, o número de coletivos nas ruas são baixos.
 

Transtornos e vandalismo

O primeiro dia de greve foi de transtornos para usuários do transporte público. As estações Venda Nova, Vilarinho, Diamante e Barreiro ficaram completamente fechadas. Ao todo, segundo a BHTrans, até Às 12h, o total de passageiros afetados com a paralisação era de 430.978 usuários, em um total de 1,5 milhão de usuários/ dia do sistema.

Seis ônibus de Belo Horizonte e Ribeirão das Neves foram depredados por rodoviários e passageiros. Ninguém foi preso.

Reivindicações

Motoristas, cobradores e demais funcionários da categoria pedem 21,5% de reajuste salarial, redução da jornada de trabalho para seis horas, participação nos lucros das empresas e fim das cobranças das punições geradas por batidas e multas administrativas. 

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Atualizada às 11h32