BAIRRO ELDORADO

Sem-teto invadem prédio de secretaria da Prefeitura de Contagem

Grupo ocupou o local onde funciona a sub-secretaria de habitação de Contagem e só saíram por volta das 15h30; uma reunião com o prefeito de Contagem ficou acertada para a primeira semana de dezembro

Por Felipe Castanheira / Breno de Araújo
Publicado em 18 de novembro de 2014 | 10:07
 
 
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Um grupo de sem-teto da ocupação Guarani Kaiowá invadiu, na manhã desta terça-feira, o prédio onde funciona a Sub-secretaria de Habitação de Contagem, na rua Mangueiras, no bairro Eldorado.
 
Segundo uma funcionária do posto de Unidade Básica de Saúde que funciona no térreo do edifício, um grande número de sem-teto está no local. A página do movimento no Facebook informa que 150 famílias estão no prédio, reivindicando uma negociação com a prefeitura para solucionar o impasse dos moradores, que estão ameaçados  de despejo.
 
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação informou que os funcionários do prédio foram retirados pela Guarda Municipal e que apenas os sem-teto estavam no local. A secretária-adjunta de Habitação, Helen Joyce Campos da Silva, negociou com os invasores.
 
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Contagem, os manifestantes deixaram o prédio por volta das 15h30 após eles estabelecerem uma mesa de diálogo com os representantes da ocupação. "Reiteramos que o terreno ocupado é particular, e as tratativas para reintegração de posse são de responsabilidade do Poder Judiciário e do governo estadual; A prefeitura está aberta ao diálogo com as famílias e a colaborar com o governo estadual para prestar a assistência necessária", finalizou a nota divulgada.
 
Além da Guarda Municipal, policiais militares também acompanharam a movimentação no local.
 
De acordo com o representante do movimento, Rafael Bittencout, ficou acertado uma reunião com o prefeito de Contagem para a primeira semana de dezembro. Membros da ocupação Guarani Kaiowá pretendem propor ao prefeito Calin Moura que o terreno já ocupado por 150 famílias, localizado no bairro Ressaca, de 20 mil metrôs quadrados, seja desapropriado pela prefeitura e que o local seja destinado à moradia popular. Ainda segundo o representante do grupo, enquanto as negociações estão em andamento o processo de reintegração de posse fica paralisado.
 
Atualizada às 18h40

 

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