Servidores da segurança fazem protesto no Centro de BH nesta sexta

Servidores da segurança pública realizam uma manifestação no Centro de Belo Horizonte, na tarde desta sexta-feira (1º), contra o parcelamento e escalonamento de salários praticado desde fevereiro pelo Governo do Estado. Eles também são contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 257/2016, que tramita na Câmara dos Deputados. O grupo se concentrou em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul da capital, e caminhou até a Praça da Liberdade, no bairro Funcionários.

Ao todo, são cerca de 2 mil policiais militares e bombeiros, conforme a assessoria de imprensa da própria PM, e entre 4 a 5 mil segundo organizadores. O objetivo da manifestação é pelo pagamento dos salários de maneira integral no quinto dia útil.

Além disso, o ato também é contra a aprovação do PLC 257. Pelo texto, em troca de desconto de 40% no pagamento mensal da dívida com a União, Estados devem fazer alterações na política do funcionalismo. Entre as ações estão o congelamento de salários por dois anos, proibição de novas contratações, a aprovação de nova Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e elevação de contribuição previdenciária.

Segundo o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra/MG), sargento Marco Antônio Bahia, a intenção inicial era acampar na Praça da Liberdade, mas vai desistir da ação, para viajar para Brasília, para pressionar contra o PLC.

“Até agora o governador não chamou para conversar. Ele só chama para anunciar o parcelamento. Além disso, temos o PLC 257. Esse projeto é uma ação dele. Nossa luta é pela volta do pagamento no quinto dia útil, mas temos que nos focar para não deixar aprovar esse projeto em Brasília”, afirmou.

Segundo o presidente da Aspra, na próxima segunda-feira, quatro ônibus com servidores da segurança mineiros irão para Brasília, onde passarão a semana, pressionando pela não aprovação do PLC 257. “Cerca de 3 mil policiais militares vão aposentar nesse período de dois anos. Não vai haver reposição. Já temos um deficit de mais 9 mil de PMs. Imagina como vai ficar a segurança pública?”, questionou o sargento Bahia.

Em nota, o Governo do Estado informou que "reitera seu posicionamento de amplo diálogo junto às entidades que representam todos os servidores públicos estaduais. As reivindicações apresentadas serão devidamente analisadas. Importante ressaltar que todas as medidas que estão sendo adotadas para ampliar a receita têm como objetivo primeiro garantir o pagamento do funcionalismo".

Trânsito

Em função do protesto, o trânsito ficou complicado no Centro de Belo Horizonte. O grupo saiu por volta das 15h da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e seguiu pelas avenidas Alvares Cabral e depois Bias Fortes, até a Praça da Liberdade. Congestionamentos foram registrados pela BHTrans em todas as vias próximas do protesto.