Serviço essencial

Sindicato dos bancários cobra transparência sobre contágio de Covid em agências

Agência do Itaú na rua Paraíba, no bairro Funcionários, está fechada temporariamente após suspeita de contaminação de funcionário

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 15 de janeiro de 2021 | 18:01
 
 
 
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O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região (SEEB-BH) cobra que os bancos informem quantos funcionários das agências da capital contraíram Covid-19 e quantas estão fechadas temporariamente devido ao contágio. De acordo com Ramon Peres, presidente do sindicato, nos últimos 15 dias, cinco agências do Banco Itaú teriam passado por fechamentos temporários após casos da doença entre trabalhadores, porém o banco não compartilharia as informações oficialmente com a entidade. Questionado pela reportagem, o Itaú declarou que não repassa informações sobre casos passados.

Por ora, pelo menos a agência do número 1.122 da Rua Paraíba, no bairro Funcionários, região Centro-Sul de BH, está fechada após uma suspeita de contaminação. Os trabalhadores foram afastados temporariamente para higienização do local e o banco ainda não divulga quando será a reabertura — o cliente da agência que precise de atendimento presencial deve procurar a unidade da avenida Afonso Pena, 3.888, no Mangabeiras. Outra agência, na rua Getúlio Vargas, também no Funcionários, reabriu nesta sexta-feira (15), após fechamento temporário, entretanto o banco não deixa claro se ele foi motivado por contaminações.

De acordo com o SEEB-BH, somente o Bradesco detalha os números de contaminações na cidade: ao longo da pandemia, teriam sido 24 doentes e 18 agências temporariamente fechadas. Procurada pela reportagem, contudo, a instituição disse apenas que “não abre dados regionais”. “Os outros bancos não ficam longe (desses números). Não podemos afirmar que são surtos, às vezes é uma pessoa contaminada, ela é afastada para fazer exame e as que tiveram contato com ele também, enquanto a agência é sanitizada”, completa o presidente do sindicato. 

A Prefeitura de Belo Horizonte informa que, desde o início da pandemia até o dia 8 de janeiro, nenhuma agência bancária notificou surto da doença — é considerado surto quando ocorrem pelo menos três casos suspeitos de Covid-19, com intervalo de até 14 dias entre as datas de início dos sintomas, sendo pelo menos um deles com teste laboratorial positivo para a contaminação.

Questionadas pela reportagem, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também não informaram quantos casos de contaminação registraram entre funcionários. O Santander não respondeu até a finalização desta matéria. 

Sindicato protesta contra reestruturação do Banco do Brasil

Na manhã desta sexta-feira (15), o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região (SEEB-BH) fez um ato com alguns funcionários em frente a uma agência do Banco do Brasil na rua Rio de Janeiro, no Centro. Eles cobram esclarecimentos da instituição sobre a reestruturação anunciada nesta semana. Ela envolve desligamento voluntário de 5.000 funcionários no Brasil e fechamento de algumas agências

Até agora, porém, o banco não comunicou ao sindicato quantos trabalhadores devem ser desligados e quantas agências fechadas em BH.  “A reestruturação foi unilateral, o banco simplesmente soltou a informação na mídia e em um comunicado interno a funcionários. Nada disso foi discutido com o sindicato. Foi imposto pelo governo”, diz o presidente do SEEB-BH.

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