O medo de ser flagrado por dirigir embriagado e provocar um acidente com um carro da Uber na madrugada deste sábado no bairro Renascença, na região Nordeste da capital, pode ter feito um taxista simular o roubo do próprio veículo para a Polícia Militar.
Por volta de 00h30, um motorista da Uber, de 34 anos, havia acabado de realizar o embarque de uma passageira na porta de um restaurante na avenida Clara Nunes quando foi atingido por um táxi em alta velocidade.
Ao sair para verificar o que havia acontecido, o homem teria se deparado com o taxista e um amigo alcoolizados. O amigo do taxista teria machucado a mão e foi socorrido para o Pronto-Socorro mais próximo.
“Ele começou a gritar comigo e falou que depois a gente acertava isso. Mas as testemunhas que estavam lá já chamaram a polícia. Quando vimos, ele saiu andando e fugiu”, afirmou o motorista do aplicativo.
A versão do taxista, de 44 anos, contudo, é diferente. Ele afirma ter deixado o carro na garagem por volta das 20h30 do dia anterior e, na manhã deste sábado, ao acordar, não encontrou o seu veículo, acionando a polícia e realizando um boletim de ocorrência por roubo.
“Eu fiquei em casa bebendo. Nem saí de casa. Tem câmera de segurança e dá para ver. No meu prédio costuma ter isso, sim. Já roubaram pneu, essas coisas. Eu estava em casa e me falaram que tinham achado meu carro batido na rua. Mas não fui eu que dirigi. É a minha palavra contra a dele agora”, afirmou o taxista.
Tanto o motorista da Uber como o taxista foram levados para a sede do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran), na avenida João Pinheiro, onde aguardam para prestar depoimento.