Trabalhadores terceirizados retornam às escolas municipais após assembleia

Após um dia de paralisação, os trabalhadores terceirizados pela MGS e Caixa Escolar das escolas municipais de Belo Horizonte decidiram em assembleia, nesta quarta-feira (16), voltar às atividades já na quinta-feira (17). A categoria rejeitou a proposta de reajuste de 13% da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), mas aprovou a contraproposta de 15% no salário e ticket.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-Rede), a proposta do município e das empresas era de aumento de 13% no salário e ticket ou 15% somente no salário.

"Essa foi a primeira assembleia presencial do segmento desde o início da pandemia e surpreendeu positivamente pela forte adesão dos trabalhadores que compareceu em peso, mesmo com a forte chuva", detalha o sindicato, que informou que cerca de mil trabalhadores participaram da reunião.

Ainda conforme a entidade que representa os trabalhadores, a proposta feita representaria pouco mais de R$ 30 no salário final, já que a maior parte deles já recebem um complemento salarial devido ao reajuste do salário mínimo.

"Também foi destacado que a inflação acumulada de 2020 a 2022 se aproxima dos 20%, o que significa que a proposta da Prefeitura/MGS não se aproxima nem da recomposição da inflação do período", continua o sindicato.

Diante disso, a categoria aprovoum uma contraproposta de 15% de reajuste no salário e ticket e sem abrir mão do dissídio dos últimos anos.

A reportagem procurou a PBH, que informou, por meio de uma nota, que a MGS, empresa estadual, propôs um reajuste de 15% no salário dos funcionários.

"A Prefeitura de Belo Horizonte informa que são cerca de 6.500 trabalhadores funcionários da MGS. Todas as escolas receberam recursos para suprir a eventual ausência de algum funcionário. Das 321 escolas, apenas 6 tiveram o atendimento suspenso nesta terça-feira", completou o município.

Atualizada às 20h39 do dia 17 de fevereiro de 2022