Vespasiano

Traficante é executado em lanchonete e cliente acaba baleada

De acordo com a perícia, ele foi atingido por 16 tiros, sendo sete deles no rosto

Por Fernanda Viegas e Pedro Ferreira
Publicado em 02 de fevereiro de 2018 | 07:05
 
 
 
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Um homem considerado pela polícia um dos maiores traficantes e homicida de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi morto com 16 tiros, dos quais sete no rosto. O crime foi no início da madrugada desta sexta-feira (2) em uma lanchonete da avenida A, na divisa dos bairros Gávea e Maria José.

Três homens armados, dois deles usando toucas ninjas, dispararam vários tiros em Walaf Soares de Almeida, que é conhecido como Catiola, de 24 anos. Uma cliente da lanchonete, de 38, foi atingida na perna esquerda por uma bala perdida e foi socorrida na UPA do bairro.

Segundo a Polícia Militar (PM), o crime foi um acerto de contas entre facções do tráfico de drogas do bairro vizinho, o Vila Esportiva, onde as ruas têm nomes de times de futebol. Segundo a Polícia Civil, Catiola morava na rua Cruzeiro e integrava a gangue do tráfico de drogas da rua América.

De acordo com a PM, o dono da lanchonete onde houve o crime implorou para que os criminosos não matassem o filho dele e outros familiares que estavam no local. Um dos atiradores disse: “Queremos acertar apenas Catiola”. Em seguida, os três criminosos descarregaram suas armas na vítima. A perícia recolheu diversos cartuchos deflagrados de pistola 9mm e de revólver 32 no local. Segundo testemunhas, os atiradores fugiram em um veículo, mas não souberam informar a placa, modelo ou cor.

Segundo investigadores da Delegacia de Homicídios de Vespasiano, Catiola era um perigoso traficante e homicida da região. Ele ficou dois anos sendo procurado pela polícia e foi preso em 28 de março do ano passado, por matar uma pessoa, mas foi solto em 20 de outubro.

A maioria dos crimes atribuídos a Catiola foi quando ele ainda era menor. Ele foi detido diversas vezes por tráfico de drogas e por porte ilegal de armas. No dia 20 de abril de 2010, por exemplo, ele foi detido com um revólver calibre 22 e foi liberado. Dois dias depois, ele foi detido novamente por tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil. Catiola também foi detido diversas vezes dirigindo veículos quando era menor.

No bairro onde houve o crime, moradores e comerciantes estão assustados com a violência e ninguém quis falar com a reportagem, com medo de represália por parte dos homens que mataram Catiola. O crime é apurado pela 3ª Delegacia de Homicídios de Vespasiano.  

Conforme a assessoria da Polícia Civil, ainda não foi possível saber qual é a motivação do crime. Almeida tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas, infrações de trânsito e vias de fato (briga). Ele ainda era investigado por homicídio, crime pelo qual foi preso, sendo solto em outubro do ano passado.

Atualizada às 12h12

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