De olho no golpe!

Trio suspeito de aplicar o golpe da 'falsa quitação do empréstimo' é preso em BH

Pelo menos dez idosos e pensionistas foram lesados pelo grupo que possuía acesso ao banco de dados do INSS

Por Alice Brito
Publicado em 07 de março de 2024 | 18:13
 
 
 
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Um trio, formado por dois homens e uma mulher, foi preso em Belo Horizonte, nessa terça-feira (5), suspeito de aplicar o golpe 'da falsa quitação do empréstimo' em ao menos dez idosos e pensionistas. O grupo teve parte dos bens avaliados em quase R$ 500 mil apreendidos. 

A Polícia Civil repassou, nesta quinta-feira (7), durante coletiva de imprensa detalhes das detenções e investigação, que ainda segue em andamento. 

De acordo com a corporação, o grupo, que é do Rio de Janeiro, age em Belo Horizonte desde o ano de  2021, mas somente em 2022 o bando começou a ser investigado. Eles se passam por uma empresa de consultoria financeira, que realiza a renegociação de dívidas. 

Como o grupo agia

O grupo que possuía acesso ao banco de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizava o primeiro contato com as vítimas via telefone. Neste momento, os idosos eram atraídos pelas facilidades oferecidas pelos integrantes do bando, de quitar o empréstimo bancário, adquirido pelo próprio idoso, cobrando um valor bem menor que o contratado. 

Após aceitar a negociação, a vítima era orientada a procurar a sede da empresa,no hipercentro da capital, para fechar o negócio.
Entretanto, ao chegar no local a vítima era convencida a fornecer seus dados pessoais e bancários. Na sequência,  eram emitidos boletos para quitação. Após os pagamentos, o idoso recebia a informação que o negócio combinado já havia sido realizado. 

No entanto, ao consultar o extrato bancário as vítimas percebiam que o empréstimo não havia sido quitado e uma nova negociação, que variava entre R$ 10 e R$ 12 mil havia sido feita. 

Ao perceber que havia caído num golpe, a vítima tentava contactar a empresa indo até o endereço fornecido pelos golpistas. Ao chegar no local, a vítima recebia a informação que a empresa já havia mudado de localização. 

" Em três anos de atuação em BH a empresa se mudou cerca de quatro vezes. O grupo foi preso em casa. Até então, ninguém possuía passagens pelo sistema prisional", explicou a delegada Elyenni da Silva.

Ainda conforme a delegada, o caso ainda é investigado. "Temos que tentar entender como esse grupo tinha acesso ao banco de dados do INSS. Esse acesso dava a eles os dados, endereço das vítimas. Desse modo, ficava mais fácil convencer as vítimas", destacou Elyenni da Silva. 

Pena

O grupo vai responder por estelionato e formação de quadrilha. Além disso, o bando também pode responder pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas somadas ultrapassam os 10 anos de detenção.

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