Monkeypox

Varíola dos macacos: Segundo caso suspeito em Minas é investigado em Ituiutaba

Com isso, este é o segundo caso suspeito somente no Triângulo Mineiro; primeiro registro envolve um agente penal que morreu no fim de semana em Uberlândia

Por José Vítor Camilo
Publicado em 13 de junho de 2022 | 21:46
 
 
 
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No mesmo dia em que anunciou a sua primeira suspeita de monkeypox, a chamada varíola dos macacos, em Uberlândia, no Triângulo, um segundo caso em investigação da doença foi divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Governo de Minas, desta vez em Ituiutaba, cidade da mesma região do Estado. Mais cedo, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) comunicou a apuração de uma morte, que pode ser o primeiro caso fatal da doença em todo o mundo

Conforme a pasta, o primeiro caso foi notificado no sábado (11), em Uberlândia, enquanto o segundo só foi comunicado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas) no domingo (12). 

"São os dois primeiros casos em investigação pela doença no estado de Minas Gerais. Os casos não têm histórico de deslocamentos ou viagens para o exterior. Dentre os contatos próximos, ainda não há nenhum caso sintomático", completa a SES-MG. 

Os dois municípios do Triângulo foram orientados a coletar amostras que serão analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Os dados clínicos também passarão por análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde "para investigação e encerramento dos casos". 

"A SES-MG, SRS Uberlândia, SRS de Ituiutaba e as secretarias municipais estão investigando os casos, monitorando os contatos próximos e fazendo as recomendações necessárias. Demais dados quanto aos casos não serão divulgados para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP)", completou a secretaria. 

Policial penal em Araguari 

De acordo com a pasta, o primeiro caso suspeito da doença, com óbito, era de um policial penal que vivia em Uberlândia e trabalhava em Araguari, também no Triângulo Mineiro. Dentre os contatos próximos, ainda não há nenhum outro caso sintomático. Até o momento, nenhuma morte em decorrência da doença foi registrada no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

+ Veja as principais perguntas e respostas sobre a varíola do macaco

O primeiro caso de morte investigado em Minas Gerais por suspeita de varíola dos macacos é de um homem, de 41 anos, cujo óbito ocorreu em um hospital particular de Uberlândia, chamado Uberlândia Medical Center (UMC), no Triângulo Mineiro.

Segundo a prefeitura de Araguari, o paciente era policial penal e trabalhava no presídio na cidade. O homem procurou um hospital em Uberlândia com sintomas de febre, dores e várias vesículas pelo corpo, na sexta-feira (10). No sábado (11), ele morreu. Não há informações se ele teria transmitido a varíola dos macacos para outras pessoas.

Como é a transmissão

Para aumentar a incerteza a respeito dessa doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não sabe qual a fonte de infecção nos casos relatados. No entanto, segundo informa o Instituto Butantan, já é possível detalhar como a doença tem se espalhado entre os humanos. Confira como ocorre essa transmissão:

  • Contato com com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal); 
  • Contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.

Varíola dos macacos no país

O Ministério da Saúde confirmou neste domingo (12) o terceiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente é um homem de 51 anos que mora em Porto Alegre (RS).

O homem tem histórico de viagem para Portugal, com retorno ao Brasil no dia 10 deste mês. Ele está em isolamento domiciliar, junto com os seus contatos, apresenta quadro clínico estável, sem complicações e está sendo monitorado pelas secretarias de Saúde do estado e do município.

"Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", afirmou a pasta, em nota.

No momento, o Brasil registra três casos confirmados, sendo dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Estão em investigação outros seis casos. Todos seguem isolados e em monitoramento.

O governo federal criou uma sala de situação para acompanhar o avanço da doença.

No mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) contabiliza mais de 1.000 casos confirmados em 29 países. Nenhuma morte foi registrada. 

(Com Lucas Henrique Gomes)

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