Na Pampulha

Vídeo: veja movimentação na porta da casa de delegada 'presa' em BH

As negociações começaram por volta das 9h desta terça-feira (21 de novembro) e já chegam a quase 24 horas


Publicado em 22 de novembro de 2023 | 08:26
 
 
 
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Equipes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) seguem na porta do apartamento da delegada Monah Zein, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, na manhã desta quarta-feira (22 de novembro), em negociações para que a servidora deixe o local. Familiares, amigos e equipes do Samu também acompanham as conversas com a mulher. As negociações começaram por volta das 9h desta terça-feira (21 de novembro) e já chegam a quase 24 horas. 

Na manhã desta quarta, equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estão no local para tentar avançar nas conversas. Veja a movimentação na porta da casa de delegada:

Entenda o caso

Ainda não há uma explicação oficial sobre o motivo que levou a Polícia Civil a enviar agentes ao apartamento da delegada. Fontes ligadas à instituição afirmaram que ela teria enviado mensagens de conteúdo emocional sensível, levantando preocupações sobre sua saúde mental.

Conforme apurado pela reportagem, os policiais chegaram por volta das 9h e subiram as escadas do prédio com escudos. Houve um contato entre a policial e os demais agentes, que tentaram disparar um taser contra ela.

A mulher, em seguida, teria efetuado pelo menos três disparos, sem atingir nenhum policial. Desde então, ela se trancou no apartamento e ficou incomunicável. A informação sobre os tiros foi confirmada pela Polícia Civil em nota.

O que diz a Polícia Civil

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que a delegada disparou contra os policiais. "Uma delegada da instituição efetuou disparos com uma arma de fogo dentro de uma residência. Não houve feridos, e a situação continua sendo acompanhada pelas equipes", esclareceu a instituição em nota publicada ainda na tarde de terça-feira.

A instituição também informou que equipes do Centro de Apoio Biopsicossocial da Polícia Civil, Corregedoria Geral de Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão auxiliando no atendimento da ocorrência.

O que diz a defesa da delegada 

O advogado da delegada, Leandro Martins, também por meio de nota, afirmou que sua cliente sofreu perseguições. No comunicado, Martins lamentou o estado de saúde delicado da delegada, atribuindo-o a "perseguições" e "retaliações" ao longo dos anos.

"É lamentável a postura do chefe de polícia, bem como do governador do Estado, em relação às condições de trabalho impostas a todos os servidores, levando infelizmente a grande maioria a um estado de saúde deplorável", afirmou o advogado.

Martins ressaltou que os profissionais não são amparados pela instituição devido à falta de estrutura no âmbito assistencial e no hospital da Polícia Civil. Ao final do comunicado, o advogado expressou a esperança de que a delegada "não se torne uma vítima fatal deste sistema".

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