Entrevista

Bolsonaro reitera uso da cloroquina e diz que indicaria medicamento para a mãe

Presidente também parabenizou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por ele ter ‘se convencido' do uso da droga no tratamento da Covid-19

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 08 de abril de 2020 | 19:21
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta quarta-feira (8) o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 e disse que indicaria o medicamento até para sua mãe, hoje com 93 anos. “Se um irmão meu ligar, imediatamente, vai levar no médico e começar o tratamento (com cloroquina). Ela não pode esperar um dia a mais, caso contrário vem a óbito", disse.

Bolsonaro ainda parabenizou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por ter se convencido do uso da cloroquina e afirmou que “foi tudo acertado” entre os dois.  O titular da pasta estava sob ameaça de demissão no começo da semana, quando o presidente afirmou que a hora de quem está "se achando" iria chegar.

Em resposta a pedidos de liberação ampla do uso da cloroquina e a hidroxicloroquina como tratamento e até prevenção ao novo coronavírus, Mandetta afirmou na última terça (7), que a pasta recomenda o uso dos produtos a pacientes em estado grave ou crítico e não vai mudar protocolo antes de evidências científicas robustas sobre segurança e eficácia da droga para pacientes leves. 

Em entrevista jornalista José Luiz Datena, na Band, o mandatário disse que ligou para o primeiro-ministro da Índia e até sábado deve chegar meia tonelada de insumo de cloroquina.

Panelaços

Ao jornalista, Bolsonaro adiantou que irá falar sobre emprego e economia no pronunciamento desta quarta-feira. Questionado sobre os panelaços que tem sido alvo nas últimas semanas - especialmente após suas falas em cadeia de rádio e televisão -, disse que "faz parte da democracia". 

"Sempre vai ter gente que não gosta de mim. Se alguém promover um panelaço contra uma emissora de TV que está todo dia me criticando, vamos fazer um barulho. Não está na hora de derrubar presidente ou dizer que a popularidade dele, via Datafolha, é ruim. É hora de unir. Não devemos dispensar energia para bater panela contra A, B ou C. Mas da minha parte, faz parte da democracia. Fiquem à vontade", disse o presidente.

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