Crise econômica

Coronavírus: "Não sabemos quanto tempo aguenta a economia", desabafa Guedes

Para manter o que chama de sinais vitais da economia, ministro defende ampliação do número de pessoas em trabalho remoto, assistência a camadas mais vulneráveis da população e manutenção de serviços essenciais

Por Folhapress
Publicado em 20 de abril de 2020 | 21:00
 
 
 
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (20) que preservar os sinais vitais da economia não significa sair do isolamento agora. Ele defendeu uma retomada programada das atividades.
Em videoconferência promovida pelo BTG Pactual, Guedes disse dar total apoio às medidas de isolamento social, mas ressaltou que há uma dimensão crítica a ser observada além da saúde pública.

Para manter o que chama de sinais vitais da economia, ele defende uma ampliação do número de pessoas em trabalho remoto, assistência a camadas mais vulneráveis da população e manutenção de serviços essenciais, como alimentação e telecomunicações.

"A economia vem com mais força do que está se pensando porque ela já estava começando a se mover. E, se nós preservarmos os sinais vitais, nós vamos sair do lado de lá. Preservar o sinais vitais da economia não significa sair do isolamento agora", disse.

Pergunta sem resposta

Na conversa com representantes da instituição financeira, Guedes disse que os sinais vitais da economia brasileira ainda estão preservados, mas "a coisa está ficando crítica" porque não se sabe o prazo necessário para encerrar o isolamento.

"Não sabemos quanto tempo aguenta a economia. O ministro da Saúde dizia que a curva subia em abril, ficando no alto em maio e junho e descendo em julho. Então, a grande pergunta é: a economia aguenta dois meses ainda com o isolamento? É a pergunta", disse.

Para o ministro, a economia neste deve ser tratada como um urso polar em hibernação - é preciso manter o mínimo de atividade para que seja possível viabilizar a retomada mais à frente.Guedes afirma que o país precisa se programar para essa retomada, "fazer direito, no devido tempo". Segundo ele, países como China, Alemanha e Estados Unidos já estão se movimentando para planejar essa saída da crise.

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