Comércio

Decreto de Kalil veta entrada de clientes em lojas de BH: 'Só da porta pra fora'

Determinação do prefeito proíbe aglomeração em locais comerciais para evitar o risco de transmissão do coronavírus; uso de praças para atividades de esporte e lazer também fica proibido

Por Gabriel Moraes
Publicado em 06 de abril de 2020 | 20:51
 
 
 
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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou, na noite desta segunda-feira (6), que já assinou o decreto que veta a entrada de clientes em qualquer loja da capital, mesmo aqueles que estão aptos a funcionar. Regra não se aplica a supermercados, farmácias e sacolões, por exemplo.

O prefeito ironizou a fala do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, de que lojas do segmento de chocolates da capital estariam autorizadas a funcionar. “Já assinei o decreto. As lojas de Belo Horizonte, inclusive as de chocolates, só poderão atender da porta pra fora, sem clientes do lado de dentro”, disse. 

O decreto

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a partir desta terça-feira (7), as vendas deverão ser feitas exclusivamente no exterior do local, com a organização de filas gerenciadas pelos proprietários com distância mínima de 1 metro entre as pessoas.

A regra trazida pelo Decreto 17.325/2020 não se aplica, no entanto, a supermercados, hipermercados, padarias, farmácias, sacolões, mercearias, hortifrutis, armazens, açougues e postos de combustível.

Sobre agências bancárias e lotéricas: se torna necessário o controle de acesso para eliminar aglomerações nas áreas, inclusive com a organização de filas gerenciadas pelas instituições em área externa com distanciamento mínimo de 1 metro.

"Enquanto durar a Situação de Emergência em Saúde Pública, fica suspenso o uso de praças e outros locais públicos para prática de atividades de esporte e lazer coletivas ou individuais que possam gerar aglomeração de pessoas", concluiu o Executivo.

Outras medidas

Além da proibição da abertura total do comércio, nesse fim de semana, a PBH interditou a praça da Liberdade, o Parque JK e a Lagoa Seca para evitar a aglomeração de pessoas nesses locais, diminuindo o risco de transmissão do coronavírus.

Medidas restritivas na lagoa da Pampulha também estão em fase de estudo, visto que o local continua recebendo um grande número de transeuntes.

Segundo Kalil, todas as cidades do interior do Estado e da região metropolitana que afrouxarem as regras de isolamento social, estabelecendo, por exemplo, a permissão para a abertura dos comércios, terão a entrada de ônibus vetadas da capital.

“Todas as cidades liberadas por decreto estão restringidas a entrar em Belo Horizonte, como não precisou ser feito com Lagoa Santa. Foi uma medida de proteção a eles, e não é segregação. Se não tiver capacidade de proteger, nós vamos. Já tem uma ou duas cidades que fizeram, teve até renúncia de prefeito. O que não vai acontecer é única e exclusivamente só o povo de Belo Horizonte obedecer à OMS e ao Ministério da Saúde”, disse.

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