Mensagem

Novo chefe da PF diz que 'crime não retrocede' e que vai combater a corrupção

Texto foi compartilhado após investida do governo Bolsonaro envolvendo Alexandre Ramagem, seu primeiro escolhido para o comando da corporação

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 08 de maio de 2020 | 14:32
 
 
 
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O novo diretor geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, enviou mensagem pela intranet da corporação nesta sexta-feira (8) destacando que "não há parâmetros para dimensionar as dificuldades" que ele e seus pares vão enfrentar tendo em vista a pandemia do novo coronavírus e alertando que o "crime não retrocede e nem recrudesce", se "aproveitando das circunstâncias para perpetrar injustiças".

O texto é compartilhado após investida do governo Bolsonaro envolvendo seu primeiro escolhido para o comando da corporação Alexandre Ramagem.

"Combater o crime, nos seus mais variados modais, como corrupção, tráfico de drogas e armas, crimes ambientais, previdenciários e tantos outros, será missão diária e que buscaremos incansavelmente", afirmou o delegado. "A Polícia Federal é um corpo único e com grande consciência institucional. Conto com todos vocês. Somos fortes na linha avançada", destacou em outro trecho do texto.

A mensagem de Rolando circula entre seus pares um dia após a Advocacia Geral da União (AGU) pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconsidere a decisão liminar que suspendeu a nomeação e posse do delegado Alexandre Ramagem como diretor geral da Polícia Federal.

Documento assinado pelo advogado da União José Affonso de Albuquerque Netto juntando nesta quinta-feira (7) aos autos do processo que resultou na suspensão da nomeação de Ramagem registra que o pedido se dá "a fim de que o ato possa ser validamente renovado" pelo presidente Jair Bolsonaro.

A insistência de Bolsonaro por Ramagem, seu amigo e de seus filhos, provoca mal-estar e desconfiança na corporação. Afinal, ele nomeou Rolando Alexandre, mas não abre mão do barrado por Alexandre de Moraes. Delegados ouvidos pela reportagem ponderam que a nova cúpula da instituição pode ficar insegura para iniciar sua gestão, vez que o presidente insiste no aliado que o acompanha desde que foi eleito.

 

 

 

 

 

 

 

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