Teófilo Otoni tem apenas 12 leitos de UTI em área de saúde com 507 mil pessoas

Com recursos do Ministério da Saúde, a Prefeitura de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, anunciou nesta segunda-feira (20) que irá ampliar nos próximos dias o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados exclusivamente para os casos da Covid-19. 

Um dos polos regionais de saúde de Minas e responsável pelo atendimento de 32 cidades do Vale do Mucuri, com um total de 507 mil pessoas, a cidade possui até o momento apenas 12 leitos de UTI para receber pacientes do novo coronavírus. Até então, a cidade não tem nenhum caso confirmado ou morte causada pela doença, três casos seguem sob investigação.

Precariedade antiga

"Partimos de uma realidade em que nós tínhamos apenas dois ou três leitos antes da pandemia. O nosso sistema de saúde aqui em Teófilo Otoni, não foi a Covid-19 que piorou, ele já é precário há muito tempo", desabafou o prefeito Daniel Sucupira (PT) em live realizada pelo Facebook da prefeitura nesta quarta-feira.

Segundo o prefeito, o Hospital Bom Samaritano, hospital público de referência na cidade, disponibilizou dez leitos de UTI exclusivamente para atendimento da Covid-19 e outros dois leitos estão no hospital Santa Rosália, além de outros 22 leitos clínicos para pacientes com sintomas leves da doença.

Expectativa de ampliação

Para os próximos dias, segundo a prefeitura, a expectativa é pela criação de ao menos 13 novos leitos de UTI para Covid-19. No hospital Filadélfia, da rede particular, três deles foram reivindicados pela secretaria municipal de saúde para atender pelo SUS. Outros dez leitos devem ser abertos no hospital Santa Rosália com um aporte de R$ 1,4 milhão oriundos do Ministério da Saúde e do Tribunal de Justiça de Minas.

Na última semana, em entrevista à rádio Super 91.7 FM, o secretário de saúde do Estado Carlos Eduardo Amaral, não escondeu a preocupação do governo estadual com a quantidade insuficiente de leitos de UTI de Teófilo Otoni.

“Nós temos algumas regiões com número pequenos de leitos em relação a outras e isso nos preocupa, porque se lá chegar um volume grande (de casos de coronavírus) de uma única vez, nós teremos um estresse. De uma forma geral, nós temos a região de Teófilo Otoni, que é uma região que nós temos uma preocupação um pouco maior”, disse Amaral.