Deputados da base do governo, maioria na Assembleia de Minas, taxam o pedido de criação da CPI do Mineirão de “eleitoreira” para justificar a não adesão à proposta. O deputado Carlos Pimenta (PDT), por exemplo, falou em cunho político. “Esse não é o momento certo para fazer isso na Assembleia”, opina.
Alencar da Silveira, do mesmo partido, concorda. “Como é ano eleitoral, os partidos de oposição vão fazer uso político da CPI”. Alencar justificou ainda que só foi procurado nesta semana para assinar o pedido.
Cássio Soares (PSD) disse que não ficou sabendo da tentativa de abertura da CPI. Questionado se assinaria, ele afirmou que teria que ver o texto antes de tomar qualquer atitude.
O requerimento para abertura da comissão parlamentar foi protocolado na Assembleia em 1º de fevereiro do ano passado.
Para Hélio Gomes (PSD), a Casa tem projetos “mais importantes para serem votados”.
Há ainda entre os deputados da base a justificativa de que a CPI do Mineirão é uma resposta do PT de Minas à tentativa de criação da CPI da Petrobras no Congresso Nacional. “Nosso pedido é muito anterior”, responde um dos proponentes da CPI mineira, o deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB).
Foco
Repasse. Um dos alvos da CPI do Mineirão é o contrato do governo com a Minas Arena. A empresa recebeu R$ 44,4 milhões do Estado para cobrir prejuízos no ano passado.