Durante a coletiva de imprensa para apresentar o balanço do Carnaval em Minas Gerais, nesta quinta-feira (7), o comandante geral da Polícia Militar (PM), Giovane Gomes da Silva, se posicionou em relação à polêmica da interferência da corporação durante manifestações políticas na festa carnavalesca. Nos blocos de rua de Belo Horizonte muitos protestos ocorreram contra o governo federal. De acordo com o militar, a polícia vai agir sempre que for necessário, mas cada caso deve ser analisado no momento da ação e pelo comandante do plantão.
"A Polícia Militar convive com essas situações não é só no período de Carnaval, são situações durante todo o ano. Nós convivemos, por exemplo, no jogo de Atlético e Cruzeiro, em que às vezes nós temos que interferir e agir não só na divisão de torcida, mas proibindo algumas manifestações que podem potencializar uma crise. E nós não podemos ser irresponsáveis - enquanto instituição pública, responsável pela segurança do cidadão - de não tomar uma medida", afirmou.
Segundo o militar, são casos isolados e a interpretação está na responsabilidade de quem está comandando o policiamento. "Existem manifestações que são espontâneas, são gritos no meio da multidão. Mas existem outras que partem de quem tem o poder ou pode influenciar em um grupo maior. E isso pode causar uma grande briga generalizada porque nós sempre temos mais de um lado e aí as pessoas não vão concordar. E um evento que é feito para comemorar não pode se tornar uma praça de guerra", finalizou.