Não só de trabalho vive o ser humano. No dia em que há feriado para celebrar o Dia do Trabalho, apaixonados pelos gêneros literários aproveitam a ocasião para homenagear os grandes escritores tupiniquins (ou aqueles naturalizados brasileiros).
A data foi escolhida como uma forma de celebrar a existência de José de Alencar, nascido no dia 1° de maio de 1829, há 190 anos.
Se você não sabe por onde começar a ler clássicos da literatura nacional ou quer conhecer as novas correntes literárias e obras produzidas no país, confira a lista preparada por O TEMPO:
5 obras do passado
A Hora da Estrela, por Clarice Lispector
Distante de romances existenciais como "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres", "A Hora da Estrela" é narrada por Rodrigo e se debruça pela trajetória cruel de Macabéa, nordestina no Rio de Janeiro.
Grande Sertão: Veredas, por João Guimarães Rosa
O sertão roseano revolucionou a literatura a partir da criação de um idioma próprio. O jagunço Riobaldo avalia dimensões da condição humana a partir das lembranças de suas andanças pelo sertão e de seu amor por Diadorim.
Morangos Mofados, por Caio Fernando Abreu
Considerado a obra-prima do escritor gaúcho, o livro de contos foi escrito em 1982 e conquistou muitos prêmios naquele ano. Caio se debruça sobre a busca, a dor, o fracasso, o encontro e o amor nos contos que se entrelaçam como em um romance.
Quarto de Despejo, por Carolina Maria de Jesus
Com escrita iniciada em 1955 e finalizada apenas em janeiro de 1960, a obra é o diário da catadora de lixo, no qual ela retrata o cotidiano da favela em que vive. A linguagem de uma mulher negra, pobre e semianalfabeta já figura entre os clássicos nacionais.
Tereza Batista Cansada de Guerra, por Jorge Amado
Vigésimo livro publicado pelo autor baiano, publicado em 1972, o romance traz à baila mais uma das heroínas de Amado. No sertão do Sergipe, aos 13 anos, Tereza Batista é vendida pela tia a um fazendeiro pedófilo que a estupra e a obriga a se prostituir.
5 obras para conhecer o que é produzido, hoje, no Brasil
Antonio, por Beatriz Bracher
Destaque na categoria 'romance' do Prêmio Jabuti em 2007, o terceiro romance de Beatriz Bracher acompanha Benjamin. Às vésperas de se tornar pai, ele descobre um segredo familiar e decide visitar os envolvidos.
Flores Azuis, por Carola Saavedra
Vencedor do Prêmio APCA na categoria 'melhor romance', em 2008. Um homem recém-separado abre uma carta de amor destinada ao antigo morador de seu apartamento. O leitor se torna cúmplice da violação.
Imaginário Coletivo, por Wesley Rodrigues
Um dos quadrinhos mais comentados do ano passado. Em sua estreia autoral, Rodrigues explora uma fábula: a história de uma vaca que queria ser um pássaro.
O Pai da Menina Morta, por Tiago Ferro
"O que acontece quando sua filha de oito anos morre subitamente?" A pergunta poderia ser feita por qualquer leitor que se depare com o profundo romance de Ferro. Escritor atravessa as fases do luto e a devastação da perda em um relato íntimo.
O Sol na Cabeça, por Geovani Martins
Estreia do autor aclamado como 'voz do novo realismo'. O livro reúne treze contos nos quais o leitor se depara com a infância e a adolescência de moradores de favela, frente à violência e à discriminação racial.
Bônus: O Clube dos Jardineiros de Fumaça, por Carol Bensimon
Vencedor da categoria 'romance' do Prêmio Jabuti 2018, é ambientado na Califórnia e tem como pano de fundo a descriminalização da maconha. Depois de ser preso por cultivar a planta para fins medicinais, um professor brasileiro vai para os Estados Unidos conhecer o plantio em suas origens.