5ª edição do CURA

Bandeiras gigantes são estendidas no centro de Belo Horizonte

A instalação 'Bandeiras na janela', que ocupa o antigo prédio da Escola de Engenharia da UFMG, visa amplificar as vozes e desejos da classe artística e dos movimentos sociais

Por Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2020 | 16:58
 
 
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Depois do sucesso da instalação do artista Jaider Esbell no viaduto Santa Tereza, replicada a mancheias nas redes sociais, chegou a vez da instalação "Bandeiras na Janela", nova etapa da 5ª edição do projeto Cura. A obra foi instalada na av. do Contorno, 842, podendo ser vista por todos os que circulam pelo centro da capital mineira - ou por aqueles que estão de olho nas redes sociais da iniciativa (@cura.art).

“Bandeiras na Janela” ocupa o antigo prédio da Escola de Engenharia da UFMG, e tem como um dos objetivos amplificar as vozes e desejos da classe artística e dos movimentos sociais num ano em que a janela, virtual ou real, se tornou um dos poucos espaços onde pessoas do mundo todo conseguem se expressar e manifestar.

Localizado na avenida do Contorno, o prédio Álvaro da Silveira foi construído na década de 60 e abrigou parte da Escola de Engenharia da UFMG até 2010, quando foi finalizada a transferência da escola para o Campus Pampulha. Posteriormente, o imóvel foi cedido ao Tribunal Regional do Trabalho, e, atualmente, encontra-se em obras.

“Bandeiras na janela” é uma instalação concebida pela curadoria do festival, que convidou cinco artistas para reproduzirem, em grande escala, suas obras. São eles: Denilson Baniwa (Bercelos/AM), Randolpho Lamonier (Contagem), Célia Xakriabá (São João das Missões/MG), Ventura Profana (Salvador) e Cólera e Alegria (diversos/Brasil). Os trabalhos carregam, em suas propostas, a potência do manifesto, da crítica e do sonho.

Sobre o Cura 2020. A 5ª edição do Cura – Circuito de Arte Urbana acontece até o dia 4 de outubro em Belo Horizonte. Desta vez, serão pintadas quatro empenas no hipercentro da cidade, que também receberá outras intervenções artísticas. Por conta da pandemia, o restante da programação acontece exclusivamente online.

Neste ano, o festival convidou duas artistas para compor a comissão curadora: Arissana Pataxó, de Coroa Vermelha - Cabrália, e Domitila de Paulo, de BH. Elas, juntamente com as criadoras do festival - Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni – são os nomes por trás de tudo.

O festival defende a resistência através da arte e o cuidado com as pessoas, afetos e natureza. A curadoria quis se aprofundar em um Brasil que não é somente urbano, trazendo artistas de diversas regiões e por isso com perspectivas estéticas diversas no seu line-up de obras públicas e também na Galeria Cura. 

Na Rua. Diego Mouro (São Bernardo do Campo) – o selecionado da convocatória promovida pelo festival - Lídia Viber (Belo Horizonte), Robinho Santana (Diadema) e Daiara Tukano (São Paulo) são os artistas responsáveis pelas artes nas empenas dos edifícios Almeida, Cartacho, Itamaraty e Levy respectivamente. Todas visíveis da rua Sapucaí, Floresta, consolidando o Mirante Cura, na rua Sapucaí. com 14 murais gigantes.

Virtual. Toda a programação virtual do Cura 2020 (www.youtube.com/CURACircuitoUrbanodeArte) é gratuita e acessível. A programação traz nomes em destaque no cenário nacional, entre eles, Preta Rara, rapper e arte-educadora, importante nome do feminismo negro brasileiro, e Ailton Krenak, uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro.

 

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