Entre 2000 e 2010, apenas 15% dos filmes nacionais foram dirigidos por mulheres. No roteiro, a porcentagem é menor: 13%. E só 18% das produções tiveram protagonistas femininas. Os dados são da carioca Paula Alves, que desde 2005 tenta combater esse cenário com o Femina – Festival Internacional de Cinema Feminino, cuja décima edição começa hoje no Cine 104.
Segundo Alves, que coordena e é uma das curadoras, o objetivo é incentivar a participação feminina na produção audiovisual. “Em outros países com festivais semelhantes, o aumento foi comprovado”, argumenta.
O Femina recebe atualmente cerca de 800 inscrições de filmes dirigidos e codirigidos por mulheres, ou centrados na questão feminina. Deles, aproximadamente cem títulos, entre curtas e longas, são selecionados em sete categorias. “Além de viajar por mostras nacionais e internacionais atrás de produções, nós também atuamos em parceria com escolas de Cinema, incentivando que as meninas sigam para a direção”, afirma a curadora, defendendo que esta é a melhor forma de combater a defasagem.
A abertura será hoje às 16h30 com “Marussia”, estreia em longas da romena Eva Pervolovici. Exibido na mostra Geração do Festival de Berlim em 2013, o filme conta a história de uma mãe solteira russa que foge com a filha para a França. “A escolha desse filme se deu tanto por conhecermos e termos exibido os curtas de Eva, quanto pela temática fortemente feminina”, justifica o curador Eduardo Cerveira.
Além dele, outros destaques da mostra incluem o chinês “Memórias me Olhem” e o curta “O Duplo”, da brasileira Juliana Rojas – vencedores das competitivas internacional e nacional, respectivamente, da última edição do Femina no Rio. Nas competitivas, são aceitos apenas filmes dirigidos por mulheres.
Paula Alves destaca ainda os debates sobre gênero que acontecem hoje e amanhã, às 20h30. “A gente tem focado em sensibilizar estudantes de comunicação, cinema, artes e produção cultural para que percebam as representações de gênero em seus futuros trabalhos e assumam uma perspectiva”, provoca.
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Sob a perspectiva do olhar feminino
“Femina” traz cinema por e sobre mulheres
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