Arte

Coletivo Piolho Nababo realiza leilão Topa Tudo

A proposta é dar visibilidade à comunidade da rua, provocando interações entre a arte contemporânea e a realidade social do hipercentro da cidade

Por O TEMPO
Publicado em 10 de dezembro de 2021 | 19:08
 
 
 
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O Coletivo Piolho Nababo irá promover nova edição do seu leilão de arte no jardim do Undió, dessa vez inspirando-se na vivência das trabalhadoras e trabalhadores dos estabelecimentos da Rua Padre Belchior. A proposta é dar visibilidade à comunidade da rua, provocando interações entre a arte contemporânea e a realidade social do hipercentro da cidade Como de costume, o leilão será conduzido por Daniel Toledo, Flora Maurício, Ed Marte e Desali.

A ação consiste na apropriação de eletrodomésticos e outros objetos comumente vendidos no entorno na rua Padre Belchior: fogões e geladeiras usados, móveis e roupas de segunda mão, produtos de fácil acesso e de preço mais cômodo para o consumidor. Usando esses produtos, os envolvidos constróem a cenografia do leilão. As obras leiloadas serão doadas por suas autoras e autores e devem ser entregues antecipadamente no Instituto Undió. Também é possível levar obras no próprio dia do lei-lão, mas terão prioridade os trabalhos entregues antecipadamente.

No dia do leilão, as obras serão escondidas – e depois reveladas – dentro de geladeiras e fogões com rodinhas, que vão circular entre as pessoas presentes no evento. Tanto os objetos quanto as autoras e autores das obras estarão ocultos para o público, convidado a se arriscar em um grande evento topa tudo. A exemplo do que acontece em muitos es-tabelecimentos locais, dentro do leilão topa tudo serão feitas vendas e trocas: tudo o que for possível para fechar o negócio e fazer a economia girar. Neste leilão às cegas, o pú-blico poderá dar lances a partir de R$1,99, correndo risco de encontrar uma geladeira va-zia e não levar nada no final. Esse é um risco que o topa tudo vai proporcionar. 

Sobre o leilão de arte Piolho Nababo R$1,99

A ação foi criada em 2011 como uma performance autônoma, festiva e anti-hierárquica, tendo como objetivos expor e vender trabalhos produzidos por jovens artistas residentes na região metropolitana de Belo Horizonte. Desde então, a ação atravessou contextos bastante distintos, movendo-se entre bares, ruas, edifícios abandonados, galerias inde-pendentes e também instituições culturais da cidade, como Palácio das Artes, Sesc Palla-dium e Museu de Arte da Pampulha. Transitando entre a institucionalização e o desapare-cimento, a ação encontrou em alianças com diferentes comunidades políticas e sociais um caminho para sobreviver ao tempo sem deixar de lado o seu espírito original.

Serviço

XXX Temporada Nessa Rua Tem Um Rio – Laboratório Undió de Intervenções Urba-nas
Quando: Sábado, 11 de dezembro, das 10h às 13h30

Onde: Instituto Undió (rua Padre Belchior, 272)

Quanto: O acesso é franco.

Mais informações: 3214-0363 ou www.institutoundio.org

 

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