Neste domingo (27), às 21h, a plataforma #CulturaEmCasa recebe a versão online do espetáculo "Contos Negreiros do Brasil" de Marcelino Freire e direção de Fernando Philbert. O ator, diretor, dramaturgo, cientista social e filósofo Rodrigo França encabeça a encenação realizada ao vivo com participação dos atores Aline Borges, Marcelo Dias, Milton Filho e Valéria Monã.
Realizado pela Diverso Cultura e Desenvolvimento em parceria com a Caboclas Produções, o espetáculo "Contos Negreiros do Brasil" estreou em 2017 no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro, e desde então coleciona mais de 60 mil espectadores em diversas apresentações pelo Brasil, incluindo uma recente apresentação em Cabo Verde (África). O público presentifica índices estatísticos, contextualizados com cenas que reproduzem dores, paixões, medos, alegrias e angústias.
A carne negra é constantemente exposta em suas dimensões e experiências reais, sociais e culturais. "Contos Negreiros do Brasil" é um espetáculo documentário sobre a condição real e atual da negra e do negro no Brasil; seja o jovem estudante, o gay negro, a negra hipersexualizada pela sociedade, o menor infrator, a prostituta ou a idosa.
Os personagens veem as cenas por meio de estatísticas apresentadas pelo ator, sociólogo e filósofo Rodrigo França, com dados atuais que são expostos para o público. Os atores Aline Borges, Marcelo Dias, Milton Filho e Valéria Monã interpretam personagens contidos nos 12 contos do livro "Contos Negreiros" (Prêmio Jabuti - 2006), de Marcelino Freire. A direção é de Fernando Philbert e a direção musical é feita pela Maíra Freitas. As músicas do espetáculo são cânticos milenares da cultura Iorubá, vinda da cultura africana.
Para os envolvidos na empreitada, o país de "Contos Negreiros do Brasil" é a demonstração de uma parte dos Brasis existentes. Encená-lo é, pois, necessário, no sentido em que quebrar a ideologia da "democracia racial" fará o público refletir. "Contos Negreiros" também faz uma grande homenagem aos personagens negros que fizeram história, mas que foram esquecidos ou embranquecidos, como: Machado de Assis, André Rebouças, Carolina Maria de Jesus, Virgínia Bicudo e Lima Barreto.
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 40 minutos