Artes visuais

Exposição traz para BH o universo das animações da DreamWorks

Com entrada gratuita, CCBB recebe mostra com 400 itens originais dos filmes realizados pelo estúdio

Por Rafael Rocha
Publicado em 15 de maio de 2019 | 03:00
 
 
 
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Enquanto a hipocondríaca girafa Melman estica seu longo pescoço e faz as vezes de recepcionista no terceiro andar, o dragão Banguela fica todo altivo com seus 200 kg e seis metros de uma asa à outra na espreita de quem passa pelo pátio. A partir desta quarta-feira (15), os bichanos que ganharam fama após virarem astros do cinema de animação saem das telas e ocupam as salas do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH). A exposição pode ser vista de quarta a segunda, das 10h às 22h.

Se os nomes acima lhe são estranhos, improvável que você não conheça o ogro mais famoso do mundo. Pois Shrek também te aguarda na exposição que reúne personagens de todos os 36 filmes do estúdio DreamWorks, produzidos ao longo de seus 25 anos. Ao todo, 400 itens do acervo original integram a exposição “DreamWorks Animation: A Exposição – Uma Jornada do Esboço à Tela”, e ficam em exibição até o dia 29 de julho, entre objetos, esboços, desenhos, storyboards, pôsteres, fotografias e artes originais.

“A exposição é para todo mundo. É interativa, uma jornada de exploração e criatividade. É uma oportunidade para o público ver os bastidores dos filmes e como os animadores e criadores fazem as produções”, antecipa a produtora Anat Meiri.

Imersão

Dentro dessa possibilidade de interação, será possível modular expressões faciais de seu personagem predileto, decidir se você quer determinada cena mais ou menos iluminada e também ouvir diversos depoimentos dos diretores de criação envolvidos nos projetos.

A sala que disponibiliza dez computadores com softwares de ilustração da DreamWorks para o visitante fazer seu próprio desenho e transformá-lo em animação é das atrações que mais devem agradar às crianças.

No pátio do CCBB-BH, bem ao lado da imponente figura de Banguela, foi montada uma sala de cinema com um telão de 180º. Ali é exibido um filme de três minutos, criado especialmente para a mostra, que dá ao público a sensação de sobrevoar a cidade viking de Berk, da franquia “Como Treinar Seu Dragão”, a partir das costas do bicho voador.

Criada pelo Australian Centre for the Moving Image (ACMI), de Melbourne (Austrália), a exposição é dividida em três partes e convida o visitante a dar um mergulho no universo do estúdio de animação. Intitulada “Personagem”, a primeira etapa é dedicada a explicitar o nascimento dessas encantadoras figuras e aborda desde o traço mais primário da criação até suas personalidades totalmente construídas.

É nesse momento que somos informados que por pouco Shrek não veio ao mundo com uma personalidade inversa daquela que conhecemos. “Vários desenhistas participam desse processo de criação, e alguns o desenharam meio assustador, mas, felizmente, no final das contas, ele ficou mais amável”, informa Anat.

Uma vez que as ilustrações atingem uma evolução de detalhes, segundo Anat, os trabalhos seguem para a fase de maquetes em 3D, etapa detalhada no setor da exposição chamado “História”. “São equipes especializadas em cada detalhe, como cabelo, corpo e movimentos, e essas maquetes permitem que o personagem tenha sempre suas características intactas durante todo o filme”, informa a produtora. Os desenhistas precisam gravar vídeos representando os personagens que criaram, e essa prática curiosa é exibida em vídeos ao espectador.

Para o universo de artes marciais de “Kung Fu Panda” ficar próximo do real, pesquisas bastante detalhadas foram realizadas pelos ilustradores. Essa fase do trabalho é mostrada na seção chamada “Mundo”, que abre os bastidores sobre como o universo de cada filme é tornado realidade nas animações do estúdio.

Somente no Rio de Janeiro, a mostra foi vista por 600 mil pessoas, e a aposta da administração do CCBB-BH é que a exposição bata o recorde de visitação do espaço cultural. Até o momento, a mostra campeã de público foi “ComCiência”, que atraiu 312 mil visitantes em 2016. “As pessoas no Brasil estão amando. Os brasileiros ficam felizes ao ver os personagens dos filmes”, anima-se Anat.

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