Fábio Porchat identificou um “filão” na TV brasileira quando lançou o programa “Que História é Essa, Porchat?, em 2019. A grande repercussão do trabalho, naquele mesmo ano, mostrou que sua intuição estava correta. A novidade não só conquistou o prêmio de melhor programa de TV conferido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte como também caiu no gosto do público, que acompanha a atração em diversas plataformas. Só nas redes sociais, como Instagram, Facebook e YouTube, os acessos aos vídeos editados para essas plataformas somam mais de 135 milhões de visualizações. E qual é a receita de tamanho sucesso?
“Uma das coisas que senti quando parei de fazer meu talk show é que as pessoas estão um pouco cansadas de debates, conversas aprofundadas, assuntos polêmicos, como discussões ligadas à direita ou à esquerda, se é machismo ou feminismo. Existem ótimos lugares para essas discussões, mas e aquele espaço que nós só ouvimos uma história e relaxamos? Senti isso, que nós precisamos do descanso”, relata Porchat.
Foi a partir dessa percepção que ele e sua equipe chegou ao formato centrado em três entrevistados que são convidados a revisitar histórias inusitadas, sejam elas recentes ou não. Em 2019, 60 nomes foram entrevistados pelo ator e apresentador. Dentre eles, Ivete Sangalo, Maisa, Cauã Reymond, Regina Casé, Claudia Raia, Ingrid Guimarães, Tony Ramos, Fátima Bernardes, Luciano Huck e Marcelo Adnet.
Em sua segunda temporada, o programa terá seu segundo episódio exibido nesta terça-feira (17), às 22h30 no canal GNT. Sobre a seleção dos entrevistados, Porchat comenta que o critério principal são as histórias. “Nós pensamos nos nomes e vamos atrás deles. Se é meu amigo, mando um áudio, pergunto sobre a história, se ela é boa e se tem um fim. Minha função é fazer com que as pessoas sejam as melhores contadoras de histórias”, garante ele.
Uma entrevistada que deverá relatar seus casos em breve é a cantora Fafá de Belém. O apresentador informa que ela mesma foi quem o procurou. “Ela me mandou uma mensagem: ‘tenho história boa pra contar’. E realmente o que ela tem a dizer é muito bom. Fafá vai ao programa, mas ainda não sei confirmar quando”, diz.
De acordo com ele, o programa é gravado uma vez por semana, com duas edições a cada dia de trabalho. Sua meta em 2020 é levar ao ar histórias de 120 famosos e de 40 anônimos. A fim de viabilizar uma capilaridade e uma maior participação do público, desta vez, o programa vai inovar com a circulação de uma cabine, que deverá circular por Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre, nos próximos meses. “Nossa intenção é coletar histórias das pessoas, cerca de 130. Depois vamos realizar uma seleção das melhores. Nós já fizemos uma experiência dessa em São Paulo, e algumas histórias foram ótimas”, vibra.
Atualmente “Que História é Essa, Porchat”? é produzido pelo Porta dos Fundos e transmitido pela GNT, que comprou o projeto. Porchat anuncia que vem dialogando com o canal para feitas parcerias também no exterior. “Já estou falando para eles venderem pra fora porque acho que funciona. Quero muito fazer a versão portuguesa desse programa com convidados e plateia portugueses”, pontua ele.
O artista também revela que a equipe faz de tudo para aproveitar todo o material das gravações. “Se o famoso conta uma história horrível a gente edita, mexe, tenta de tudo quanto é jeito. Queremos que a pessoa saia bem”, reforça.
Sobre uma personalidade que ele acredita merecer um programa inteiro ele destaca o veterano Faustão. E há ainda alguns que ele gostaria de “ressuscitar” para pode ouvir de perto muitas situações hilárias. “Rogério Cardoso contaria histórias inacreditáveis. Acho que Lúcio Mauro, Chico Anysio, Costinha, Oscarito e Grande Otelo também. Imagina a Dercy Gonçalves?”, imagina Porchat.
A segunda temporada do programa deverá ter 40 episódios com previsão de serem exibidos até dezembro.