Karol Conká, de 35 anos, foi eliminada do “Big Brother Brasil 21”, da Globo, na noite da última terça-feira (23). A rapper recebeu 99,17% dos votos – a maior rejeição em um Paredão do reality show. O posto, até então, era ocupado por Nego Di, que deixou o “BBB 21” na última semana, com 98,76% dos votos.
A eliminação de Karol, no entanto, já era desejada e esperada pelos espectadores, que criticaram e reprovaram muitas atitudes da artista dentro do confinamento. Fora da casa, ela, agora, terá que lidar com o “cancelamento”, mensagens agressivas e até ameaças de morte. Por ouro lado, muitas pessoas desejaram sorte e evolução para ela.
Segundo a psicóloga clínica Leni de Oliveira, os ânimos estão inflamados nas redes sociais porque “as pessoas estão projetando suas frustrações” na cantora. “É como se a Karol tivesse colocado para fora todos os demônios da sociedade em geral. Então, ela dá (ao público) a possibilidade de colocar pra fora toda essa frustração diante de tanta violência e de tudo que nós temos vivenciado”, explicou a especialista.
Entretanto, Leni pondera: “Nas redes sociais, as pessoas têm uma sensação de proteção, o que torna o ambiente extremamente propício a essa agressividade. Mas trazer para a vida real já é outra perspectiva”.
“Os artistas perceberam que as vozes têm muito poder de influenciar as outras pessoas”, analisou Leni. “Caiu a ficha na questão da responsabilidade de se posicionar. Afinal de contas, aquilo ali é um programa de entretenimento, e não de linchamento de pessoas”, pontuou a psicóloga.
Para Leni de Oliveira, uma rejeição como a que Karol Conká teve no “BBB 21” pode ter impacto na autoestima. “Isso pode afetar diretamente a forma como essa pessoa vai interagir com o mundo, e pode até aumentar a agressividade”, explicou a especialista.Por isso, ela ressalta que seria ideal a rapper ter um acompanhamento psicológico para conseguir lidar com essa situação. Fora da casa do reality, a rapper já afirmou que fará terapia.