ENTREVISTA

Giovanna Ewbank fala sobre sua experiência no comando do reality 'The Circle'

Apresentadora contou sobre os bastidores da atração depois de acompanhar um mês do confinamento dos participantes

Por Lorena K. Martins
Publicado em 27 de março de 2020 | 03:00
 
 
 
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"The Circle" é o primeiro reality show criado pela Netflix e ficou cerca de uma semana entre as 10 produções mais assistidas da plataforma de streaming desde a sua estreia, dia 11 deste mês. A versão brasileira do programa é comandada por Giovanna Ewbank, grávida de 4 meses, e mistura reality show e redes sociais. Nesta quarta-feira (25) foram lançados os últimos quatro episódios dos 12 da série, com o anúncio do vencedor do prêmio de R$ 300 mil reais.

Nove participantes anônimos são confinados separadamente em apartamentos de um prédio em Manchester (Inglaterra), e a comunicação é apenas através de uma plataforma digital  chamada de o Circle. Todos ciram perfils figitais com conteúdos verdadeiros ou falsos para interagir com os demais participantes.

Na entrevista ao Magazine, a apresentadora contou sobre a experiência e bastidores da atração depois de acompanhar um mês do confinamento dos participantes e adianta: "A vida off-line é muito melhor que a vida on-line".

Todos os episódios do reality que já está disponível na Netflix - boa pedida para assistir durante o isolamento social do novo coronavírus. 

Como foi a sua preparação para comandar a versão brasileira atração? Você já tinha assistido ao programa ou já tinha algum conhecimento do formato?
Eu nunca havia apresentado um reality, então foi um desafio em vários aspectos; O maior deles foi dar o toque brasileiro para um formato que não foi pensado inicialmente para o nosso pais, além de que eu não era familiarizada com a dinâmica do programa. Quando recebi o convite para apresentar o "The Circle Brasil", assisti a versão inglesa para entender bem a essência e como tudo funcionava e me apaixonei pelo formato do reality que é muito atual e diferente do que já temos no mercado.
 
O que o "The Circle" aborda que é tão diferente de outros tantos realitys?
As redes sociais são uma das ferramentas que mais utilizamos para nos comunicar nos dias de hoje, e o "The Circle" traz justamente essa realidade junto com um panorama reflexivo avaliando essa forma de comunicação, juntamente com o hábito inerente que temos que julgar os outros a partir de fotos ou breves descrições, além da dificuldade em sairmos da superficialidade com poucos atributos. Muitas das estratégias utilizadas pelos participantes, são táticas que muitas vezes usamos na vida real, o que pode tornar o jogo mais fácil ou mais dificil

O programa gira em torno de popularidade em redes sociais e perfis digitais. Como você enxerga o segredo da popularidade e a chave para ser campeão do programa?
Eu acredito que não tenha uma fórmula imbatível para ganhar o programa, porque é uma junção de muitos fatores, como a estratégia de jogo, a construção do personagem, autenticidade e até sorte. Uma simples frase mal colocada pode te eliminar, assim como uma frase bem colocada pode te deixar entre os mais populares.

Você acompanhou um mês do confinamento dos participantes. Como foi essa experiência?
Quando cheguei em Manchester (Inglaterra), eles já estavam confinados e eu fui acompanhando pelas câmeras, só os conheci pessoalmente na gravação da final. É inevitável não nos envolvermos com alguns participantes e até torcer pelos seus preferidos! É um formato que ganha muito fácil o telespectador, pela dinâmica e até pela pegada moderna e atual do programa. 

Agora que todos os episódios já foram liberados na Netflix, o que o programa te proporcionou dentro dessa visão sobre redes sociais e repercussão?
Me deixou reflexiva de como nos cobram uma meticulosidade na hora de compartilhar algo nas redes, na hora de nos expormos na esfera digital. Um mínimo detalhe pode ser decisivo, pode ser pauta e pode ser a razão de uma repercussão negativa. 

Você tem mais de 20 milhões de seguidores no Instagram. Como é o seu filtro e auto-avaliação antes de postar algo?
Já faz um tempo que eu estabeleci certos limites com as redes sociais, e isso tornou mais saudável minha relação com o digital. Quando as redes surgiram não sabíamos muito bem como equilibrar as postagens e vida real, com o tempo e crescimento das das redes eu entendi que certos momentos ficarão melhores aproveitados na nossa memória. A vida off-line é muito melhor que a vida on-line.

Como você avalia sua experiência no comando do reality? 
Super positiva! Tem uma carga emocional muito grande comandar uma apresentação de um programa onde tanto está em jogo. O Brasil é um dos países que mais consomem redes sociais no mundo, então é um formato que tenho certeza que vai cair na graça da galera. Tenho tido um retorno incrível, e isso me deixa muito feliz! 

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