Mudanças

Governo nomeia novos presidentes da Funarte e da Biblioteca Nacional

Maestro Dante Henrique Mantovani e Rafael Alves da Silva, simpático ao grupo monarquista, assumem os postos respectivamente

Por Estadão Conteúdo e FOLHAPRESS
Publicado em 02 de dezembro de 2019 | 12:05
 
 
 
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Portaria da Casa Civil, publicada na edição desta segunda-feira, 2, do Diário Oficial da União (DOU) traz a nomeação de Dante Henrique Mantovani para assumir a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte). O órgão estava sem titular desde o dia 4 de novembro, quando o então presidente da Funarte Miguel Angelo Oronoz Proença foi exonerado do cargo.

Dante Mantovani é maestro e doutor em música pela Universidade Estadual de Londrina. Em seu site oficial, ele afirma ter participado de grupos como o Coro Sacro da Paróquia Nossa Senhora da Paz, além de corais religiosos da Igreja Católica.

Biblioteca Nacional

Dando seguimento às mudanças na área da Cultura, que agora está subordinada ao Ministério do Turismo, o governo federal fez uma troca também no comando da Fundação da Biblioteca Nacional (FBN). O DOU traz a exoneração da atual presidente da FBN, Helena Maria Porto Severo da Costa, e a nomeação de Rafael Alves da Silva para ocupar o posto.

Na sexta-feira, Helena havia colocado seu argo à disposição. Ela comunicou o secretário da Cultura, Roberto Alvim, por uma carta.A decisão  ocorre após uma série de mudanças na Secretaria Especial de Cultura nas últimas semanas.  "Foi para mim motivo de perplexidade ter tomado conhecimento de minha substituição através da imprensa, sem qualquer comunicação dos órgãos competentes, como manda o protocolo", escreveu Severo na carta.

"Esclareço que entendo perfeitamente que todos os governos têm direito de formar suas equipes de acordo com suas orientações políticas e programáticas. Entretanto, não posso concordar com a forma desrespeitosa com que esse processo de mudança vem sendo conduzido. Fato que fica claro no trato dispensado a mim, à minha equipe e, principalmente, a esta instituição bicentenária da relevância da Biblioteca Nacional", diz em outro trecho. 

Desconhecido no meio literário, Rafael Nogueira é um nome próximo ao movimento conservador brasileiro e simpático ao grupo monarquista. Seguidor de Olavo de Carvalho, ele se autoproclama "aspirante a filósofo" em suas redes sociais.  Em sua conta no Twitter, na qual conta com mais de 40 mil seguidores, ele declara apoio incondicional a Jair Bolsonaro, compartilha críticas ao MBL (Movimento Brasil Livre) e se mostrou contrário  à decisão do Supremo Tribunal Federal que impediu prisões após julgamento em segunda instância.  Na época em que Glenn Greenwald foi agredido ao vivo pelo jornalista Augusto Nunes, Nogueira defendeu Nunes nas redes sociais e compartilhou hashtags como #AugustoNunesHeroi.

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