Novidade

Instituto AbraPalavra inaugura selo editorial de mesmo nome

“A proposta é publicar livros que de alguma maneira contribuam para que o leitor expanda seus sentidos e sua escuta, diz Aline Cântia

Por Patrícia Cassese
Publicado em 08 de julho de 2022 | 19:07
 
 
 
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Em um mundo cada vez mais virtual, a entrada em cena de uma nova casa editorial  sempre soa como uma alvíssara. Caso da Editora AbraPalavra, lançada oficialmente com um evento na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, e que já de pronto disponibiliza seu primeiro título: “Narração Artística: Modos de Fazer".

A obra  conta com a participação de 12 contadores de histórias, pesquisadores e estudiosos da arte da palavra oral. São 10 textos, entre relatos, artigos e ensaios, que ensejam ajudar o leitor a construir princípios e fundamentos da expressão “narração artística”.

“Cada um dos autores trouxe o seu modo de fazer narração artística,  contar história”, conta Aline Cântia, uma das diretoras do Instituto AbraPalavra, por trás da iniciativa da editora de mesmo nome. Em ambas as empreitadas, ela está junto ao músico e compositor Chicó do Céu e ao gestor cultural Fernando Chagas. “O livro traz, por exemplo, um texto sobre a utilização da linguagem de Libras na narração de histórias, assim como outro sobre a importância da narração de histórias na primeira infância”, exemplifica.

“A gente também aborda a narração de histórias como linguagem artística por meio da transcriação de entrevistas, pesquisas de campo. Enfim, é um livro que, na minha opinião, ‘inaugura’ bem a editora, por trazer essas diversas perspectivas, esses diferentes modos, de se contar histórias nos dias atuais”, cita.

Aline lembra que a narração de história é uma arte ancestral, mas que, como tantas outras, também se modifica ao longo do tempo. “Neste exato momento, com certeza tem alguém neste mundo que está contando uma história para outra pessoa, seja num festival, numa biblioteca, num  teatro, num leito de hospital, numa transmissão online. Ao mesmo tempo, a narração artística é uma atividade que vai se transformando, e hoje  é um ofício, uma  profissão, um trabalho”, contextualiza ela. 

Acessibilidade. Um outro aspecto que Aline Cântia coloca em relevo é o caráter de acessibilidade intrínseco à diretriz da editora  AbraPalavra. “Este primeiro título, por exemplo, vem acompanhado de um audiolivro, e a intenção é que todos os próximos lançamentos sejam acompanhados desse recurso. Mas quanto eu falo em acessibilidade, é também extensiva à questão do preço. A ideia é ter valores que sejam viáveis para que o livro possa  chegar a todas as pessoas, circular”, especifica. 

A princípio, a editora AbraPalavra está mais voltada  a chancelar   livros ligados à linguagem da narração artística, mas o desejo dos sócios é abarcar também traduções, ficção e não ficção, poesia e outros gêneros. “A gente tem (já no prelo) um texto mais teórico sobre a narração artística, com seus fundamentos, suas teorias e seus princípios. Também vamos publicar um livro que é uma dramaturgia. Estamos muito animados”, confessa ela.

AbraPalavra Convida:

Nesta sexta, 8, 19h30

Local: Teatro da Cidade (rua da Bahia 1341)

Evento com a presença das duas autoras de fora de Belo Horizonte que têm ensaios no livro, Emilie Andrade e Josiane Geroldi, para o evento AbraPalavra Convida, em que Aline Cântia e Chicó do Céu conversam com elas sobre seus fazeres artísticos
Entrada franca.

 

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