Literatura

João Anzanello Carrascoza é o novo entrevistado de Um Certo Alguém

Ele recorda o pai, fala da gratidão que sente em acordar todos os dias e da vontade de viver, no futuro, 'a floresta', entre outras temas

Por Da Redação
Publicado em 09 de abril de 2021 | 15:19
 
 
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O autor João Anzanello Carrascoza é novo o convidado da coluna Um Certo Alguém do site do Itaú Cultural. Ele, que também é professor universitário, estreou na literatura com "Hotel Solidão", em 1994. De lá para cá, acumula mais de 50 títulos publicados, entre contos, obras de ficção e não ficção, romances, infantojuvenil e adaptações de clássicos.

Na coluna, ele recorda o pai, fala da gratidão que sente em acordar todos os dias, da vontade de viver, no futuro, a floresta, entre outras temas. “O mistério de existir me comove e me espanta a todo instante. Sou grato pela riqueza de vivências que tenho experimentado desde a minha chegada aqui,” pontua.

Nas entrevistas semanais publicadas em Um Certo Alguém, são feitas quatro perguntas aos entrevistados: qual é a história de sua maior saudade? o que o emociona no dia a dia? como você se imagina no amanhã? e quem é? Elas abordam passado presente e futuro, de forma a aproximar, a cada nova edição da série, público e personalidades do meio da arte e da cultura.

De quem Carrascoza mais sente falta é do pai. “Só sentimos saudade de alguém ou algo precioso que tínhamos e perdemos. Meu pai é a minha maior saudade. E a nossa história é simples, quase uma não história: vivemos poucos anos juntos, mas o suficiente para eu me lembrar dele em cada dia da minha vida”. O que mais o emociona no dia a dia é simples: “despertar e sentir que me foi concedido mais um dia, e que, apesar do cotidiano e seu mecanismo inescapável de repetição, sinais invisíveis me chamam para a poesia que se acumula como pó ao meu redor.”.

Para dizer como se imagina no futuro, ele recorda uma palavra hindu: “Vanprash”, que significa aquele que se volta para a floresta. “Quando a velhice se avizinha e o fim da jornada não está mais tão distante, é hora de começar a mirar a floresta, o lugar de onde viemos, o nosso útero primeiro. Imagino-me, no amanhã, a direcionar os meus olhos, com serenidade, para a floresta”.

Carrascoza, que foi ganhador do Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 2012, e do Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional, em 2017, se vê como um escritor, apenas. “Alguém para algumas pessoas. Ninguém para as demais.”

Para acessar as edições anteriores de Um Certo Alguém: https://www.itaucultural.org.br/secoes/entrevista/um-certo-alguem-leia-entrevistas-coluna

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