Desde o dia 16 de junho, com entrada gratuita, o Centro Cultural Fiesp exibe a exposição inédita João Carlos Martins: 80 Anos de Música. A mostra, que vai além da história de vida do renomado maestro, convida o público a conhecermais de perto a influência da música em sua trajetória emquase mil metros quadrados de espaço expositivo. A iniciativa segue até o dia 26 de setembro, podendo ser vista de quarta a domingo, das 13h às 20h. A entrada é gratuita, mas é necessário realizar agendamento prévio pelo sistema Meu Sesi (www.sesisp.org.br).
Para o curador e diretor artístico da mostra,Jorge Takla,a grande surpresa foi descobrir uma quantidade extraordinária de material no exterior sobre a carreira internacional do maestro.“Infindáveis críticas elogiosíssimas, artigos, comentários sobre o artista, considerado um dos maiores pianistas do mundo no século 20. Uma história pouco conhecida no Brasil de João, o Maestro do Povo”, conta. “Mas como passar essa trajetóriaa um público o mais amplo possível? Como contar essahistória? Como expor uma obra que não é pictórica?”, se perguntou Jorge Takla. “A música teria que estar presente, sempre. Afinal, ela estava presente na vida de João Carlos Martins desde seu nascimento.E o João talvez seja hoje o único artista e cidadão brasileiro que dedique seu tempo integral à música, à arte, à formação de novos artistas e às apresentações gratuitas para o povo”, afirma.
Por dentro da exposição
Para Álvaro Razuk, que assina o projeto de arquitetura da exposição,“o personagem João CarlosMartins é síntese de múltiplas leituras: o pianista, o regente, o homem púbico. Esta diversidade foi o que nos orientou para conseguir a solução arquitetônica que respondesse a estas diversas questões”.
Logo na entrada da Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp, o som de uma orquestra afinando seus instrumentos prepara o público para a imersão. A partir daí, inúmeras fotos, vídeos, textos, publicações, reportagens,filmes e documentários,além de objetos que marcam sua vida e carreira, estão divididos em duas fases dentro do espaço expositivo:a primeira delas,o Pianista – com corredores musicais e pictóricos,que conduzem a uma viagem entre os anos1940 e 2003–, e a segunda,o Maestro – onde o público terá contato com a determinação de um homem que optou pela vida e pela música.