Júlio Marotta canta a saudade em disco que une Belo Horizonte e Portugal

O cantor e compositor mineiro Júlio Marotta cresceu na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Quis o irônico destino que, ao se mudar para Portugal, em 2018, o músico fosse morar em um município de mesmo nome, localizado à margem sul do Rio Tejo. As diárias travessias de barco inspiraram a canção “Cidade do Sol”, uma das oito faixas do auto-intitulado disco que Júlio lançou recentemente nas plataformas digitais.

Do outro lado do oceano, o artista fala de sua Belo Horizonte em “Contando Montanhas”, que traz participação especial da também mineira Érika Machado. “Vou correndo pra ti/ Abre os braços para me receber sem temor/ Esse amor é um rio que corre/ É a fonte, é a fonte da água mais pura/ Vou correndo para Belo Horizonte encontrar meu amor/ Eu vou, mas eu sempre volto, amor”, diz os versos da canção.

A saudade é um ponto que permeia o álbum. Ora com angústia, ora com celebração do que está por terminar, o tema é tocado, abordado, sentido e cantado de maneira delicada, até bucólica.

No disco, que chega depois do EP “As Rodas do Tempo” (2018) e dos singles “O Senhor dos Ventos” e “Pelo Espelho (Ou 3096 Dias), ambos de 2020, Júlio Marotta experimenta e transita entre vários gêneros, do rock ao folk, do samba ao baião. 

Produzido por Júlio Marotta, que toca violão, guitarra, órgão e glockenspiel e Adolfo Lothar (baixo, percussão, guitarra e violão de nylon), o disco tem participação de Ciro Trevisan (bateria), Ricardo Herz (violinos), Paco Nabarro (arranjos para violino), Edson Fernando (pakhawaj), Piero Grandi (sitar), Bruna Caroline (flauta transversal), Débora Costa (pandeiro e cuíca), Francisco Dias Pereira (piano, engenharia de áudio e mixagem), Guilherme Gonçalves (masterização), Isabela Lacerda (coro), Isabella Penido (coro).