A Justiça do Rio de Janeiro deu 24h para a atriz Antonia Fontenelle apagar posts nos quais associava os irmãos youtubers Felipe Neto e Luccas Neto à pedofilia. A determinação desta segunda-feira (29), assinada pelo juiz Marcelo Nobre de Almeida, da 7ª Vara Cível do Rio de Janeiro, ainda aumentou a multa de R$ 5 mil para R$ 7 mil em caso de descumprimento.
As publicações já não aparecem mais no Instagram da atriz. No entanto, ela tem publicado em seu canal no YouTube vídeos com declarações e entrevistas contra o trabalho de Felipe Neto e de seu irmão, Luccas.
Entenda
Em 15 de junho, Antonia Fontenelle publicou um vídeo editado reunindo frases sobre sexo ditas por vários influenciadores, entre eles Felipe Neto, Luccas Neto, Rafinha Bastos, PC Siqueira e Cauê Moura. Na legenda, ela questiona: "Podemos chamar esse vídeo de incitação à pedofilia a olhos nus?"
O material também mostra Luccas Neto encontrando uma garrafa feita de doce em um freezer. Ele olha para a câmera e pergunta se pode fazer besteirinhas com ela. Na sequência, o youtuber aparece colocando e tirando a garrafa na boca. A ordem do vídeo original foi alterada, o que dá uma conotação sexual para o conteúdo.
"Eu não acusei ninguém de pedofilia, o problema é que as pessoas não sabem ler e não sabem interpretar. Ele [Luccas] fez um vídeo explicando que a garrafa era de açúcar. Foda-se! A garrafa poderia ser de açúcar, de leite, de café ou de chocolate. Era um gesto obsceno, não quero a minha neta fazendo isso. Só isso, eu não acusei ninguém de pedofilia", falou a apresentadora em entrevista à rádio Jovem Pan.
Os irmãos Neto moveram uma ação contra Fontenelle, pedindo R$ 100 mil de indenização para cada um, exclusão da publicação e retratação. A Justiça autorizou a liminar para a retirada do post em 19 de junho. Fontenelle entrou com recurso, que foi negado nesta segunda (29).
Em nota, a assessoria de imprensa de Felipe Neto reforça que ele e o irmão vão acionar a Justiça contra quem associá-los à pedofilia. "Felipe Neto e Luccas Neto informam que todos que criarem ou compartilharem material que os relacione ao cometimento de crimes serão responsabilizados judicialmente, em âmbito cível e criminal", explica o comunicado.
"Eles reafirmam a defesa da liberdade de expressão, desde que obedecidos os limites legais. Todos aqueles que cometerem os crimes de calúnia, injúria e difamação responderão por seus atos. A internet não é terra sem lei e há de se ter compromisso e responsabilidade com aquilo que se publica", defende a equipe.