Em meados de maio, dois meses após o início da quarentena, o escritor e colunista de "O TEMPO", Fabrício Carpinejar, experimentou algo inédito em sua carreira. Lançou um livro sem sessão de autógrafos, palestras, eventos, ou seja, nada presencial. "Foi a minha estreia na nova normalidade", pontua o gaúcho sobre o lançamento de "Colo, por favor!" (ed. Planeta do Brasil), publicação em que reflete sobre os reflexos da pandemia e que retrata o amor e a intimidade em tempos de isolamento social.
Com 176 páginas e reunindo 40 textos, uma referência direta à quarentena, a obra - que também ganhou um formato digital - está em sua terceira edição e vendeu até agora 10 mil exemplares.
"Esses números significam que o livro foi comprado online ou por encomenda. Eu acho que há um mercado digital crescente. As pessoas já estão se acostumando a comprar online, baixar o e-book, e a também a adotarem o audiobook", observa.
Para diminuir a distância entre o autor e o leitor, a editora e Carpinejar pensaram em várias ações como brindes. "Fizemos promoções com brindes tanto na Amazon como na Livraria da Travessa do Rio, ou seja, uma determinada cota de leitores que adquiriu o livro recebeu um guardanapo exclusivo e poético feito a mão. Também houve essa vontade de fazer um lote autografado para o leitor poder encomendar por delivery nas livrarias. É uma maneira de estreitar a relação", opina.
Em Belo Horizonte, a Leitura do Pátio Savassi e a do BH Shopping estão fazendo delivery de livros que trazem o autógrafo de Fabrício Carpinejar.