"O que a gente quer é levar elementos do erudito para o grande público. Nossa intenção é que esse gênero seja cada vez mais popular e acessível para todos", vai logo anunciando Leo Jaime sobre o propósito que move o show que ele e os músicos da Orquestra de Câmara Opus – guiados sob a batuta do maestro Leonardo Cunha –, apresentam nesta quinta (23), a partir das 20h, no Grande Teatro do Palácio das Artes, no centro da cidade.
O cantor e compositor é o convidado da vez de "Orquestrando o Brasil", série que revisita o trabalho de artistas da MPB em formato de música clássica. Ao vivo, os instrumentistas vão interpretar sucessos da carreira de Leo Jaime, agora com arranjos pensados para diversos naipes instrumentais.
"Eu acho essa ideia incrível", diz o cantor. Para ele, uma das belezas da iniciativa é conseguir quebrar paradigmas entre universos musicais.
"Eu me lembro do projeto, o 'Aquarius', que acontecia nos anos 1970 e 1980 no Rio de Janeiro, e levava apresentações ao ar livre da Orquestra Sinfônica Brasileira para a praia e para a Quinta da Boa Vista. Era algo tão famoso que juntava mais gente do que jogo de final de campeonato no Maracanã. Acho isso algo surpreendente. Esse é o espírito que queremos para esse show", complementa ele.
Segundo Jaime, foi exatamente essa rica alquimia musical que o fez aceitar o chamado da Orquestra Opus desde o início.
"Gostei muito de ouvir minhas canções arranjadas e orquestradas pelo maestro Leonardo Cunha. É uma adaptação que parece complicada, mas na verdade não é já que no palco instrumentos como o baixo, a guitarra e a bateria ainda estão presentes. Fiquei muito feliz com o resultado", argumenta Leo Jaime.
O setlist da noite vai contar com versões únicas para composições emblemáticas de Leo Jaimes, como "Conquistador Barato", "As Sete Vampiras", "O Pobre", "A Vida Não Presta", "Só", "Gatinha Manhosa", "Solange", "Nada Mudou", "Rock Estrela", "A Fórmula do Amor", "Amor" e "Preciso Dizer Que Te Amo". Além de covers para canções imortais de outros artistas, como "Rock da Cachorra", de Eduardo Dusek, "Romance Ideal", dos Paralamas do Sucesso, "Será", da Legião Urbana, e "Boys Don’t Cry", da banda inglesa The Cure.
Já Leonardo Cunha garante que a apresentação vai levar o público numa verdadeira jornada musical aos anos 1980.
“Será uma noite para relembrar canções que embalaram momentos dessa década incrível. No repertório incluímos hits que marcaram época e ainda estão no imaginário do público. Vai ficar impossível não dançar e cantar junto", atesta o maestro.
Leo Jaime é um pouco mais ousado e promete que será uma experiência inesquecível para todos que forem ao Palácio das Artes.
"A gente vai mostrar no palco algo bonito, emocionante e divertido. Quem for esperando cantar comigo as músicas do meu repertório vai sair feliz. Quem quiser ver uma coisa mais inusitada, uns arranjos diferentes e algumas músicas surpreendentes, também vai voltar para casa contente. É um show que eu e a Orquestra gostamos muito de fazer. Não vamos decepcionar", finaliza o cantor.
Serviço
O quê: Orquestra de Câmara Opus convida Leo Jaime
Onde: No Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537 – centro)
Quando: Nesta quinta (23), às 2oh.
Quanto: De R$ 20 a R$ 140 pela plataforma Eventim ou nas bilheterias do teatro