Coronavírus

Lorena Calábria fez depoimento emocionante em seu Instagram

A jornalista e apresentadora não conseguiu fazer o teste da Covid-19, mas relato os dias de gripe intensa

Por Da redação
Publicado em 12 de abril de 2020 | 11:04
 
 
 
normal

 
"Tudo indica que sim”, disse o médico. "Posso testar?", perguntou a jornalista Lorena Calábria, que ouviu, na sequência:  "Como são poucos, os testes devem servir a profissionais da saúde e pacientes em estado grave”.
 
Esse foi o início do desabafo da jornalista e apresentadora em seu perfil no Instagram. Lorena compartilhou com seus seguidores os dias terríveis que passou com os sintomas da Covid-19, mas sem o diagnóstico preciso. Leia, a seguir, o relato da moça.
 
"Penso: alguém precisa mais do que eu, certo?
QUANDO COMEÇOU? Dia 16/3: dor de garganta e tosse seca. Durante a semana, DORES INTENSAS pelo corpo. Fadiga extrema; não conseguia ficar em pé. Perdi olfato e paladar. Tive calafrios e FEBRE (38C), que oscilou por 5 dias
PIORA na 2ª SEMANA: mais sintomas: tontura, dor no abdômen, enxaqueca no meio da madrugada. No 10°dia, começa FALTA DE AR. 12° dia, acordo ofegante, pressão no peito. Médico recomenda ir ao hospital. Nível de oxigênio no sangue normal, mas... tomografia mostra INFILTRAÇÃO no PULMÃO direito. Tive medo do que poderia vir depois. Respirador? Vou ser intubada? Coração e rins, vão aguentar? Me deram alta; fui pra casa. Decidi não ler mais sobre casos graves e óbitos. Já sabia o suficiente
 
PRESCRIÇÃO MÉDICA: antibiótico (para evitar infecção secundária), remédio pra tosse, além da dipirona que já tomava para diminuir as dores. Parti para dieta líquida. Era o que conseguia engolir.
 
A MELHORA: no 18° dia, meu corpo começa a reagir. Nos dias seguintes, os sintomas foram diminuindo. Hoje, 26° dia, não sinto gosto de quase nada. Perdi 4kg. O fôlego ainda é curto. Mas o pior já passou
 
CUIDADOS: além do apoio da minha família, foi fundamental a presença dos amigos, com mensagens de carinho e atenção. Vou guardar pra sempre! 
 
A MEU FAVOR: alimentação saudável, atividade física, não fumante, sem doença anterior. Mas o RISCO todos nós corremos. Todos!
 
SALDO: Sequelas respiratórias? Só saberei daqui a uns meses. No momento, só consigo pensar em MILHARES de pessoas que não terão acesso a atendimento médico, que VÃO MORRER da pior forma. E no esforço tamanho de tantos profissionais da saúde na linha de frente dessa guerra
 
COLABORAR: Quem puder, faça doações. Quem não puder, ofereça ajuda a um amigo, parente, vizinho.
 
"TIPO UMA GRIPE FORTE, VOCE É SAUDÁVEL, LOGO PASSA”: Pra quem ainda pensa assim, espero que minha experiência sirva de alerta. Nunca senti meu corpo tão indefeso. A sensação é de estar se afogando no seco".
 
Ao fim, ela reitera: "Queira, não. Fica em Casa".

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