Poesia

Luiz Roberto Pereira lança 'De Tudo o que foi Dito'

O livro, que ganha sessão de autógrafos neste sábado, no Agosto Butiquim, integra a coleção De Versos, da editora mineira Comunicação de Fato

Por Patrícia Cassese
Publicado em 27 de novembro de 2021 | 03:00
 
 
 
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O primeiro indicativo de que o caminho pela poesia poderia ser profícuo aconteceu ainda nos tempos de adolescência, com o incentivo de sua professora de português e literatura. "Graças a ela, ganhei o 1º prêmio no Festival de Poesias da Faculdade de Letras de Muriaé, em 1972", lembra Luiz Roberto Pereira. Não obstante, a vida levou o mineiro para outras veredas - e o seu poético ficou um bom tempo no estaleiro. Foi só a partir de 2005 que ele retomou a poesia com mais disposição. E, nesta toada, decidu mostrar uma parte de sua produção no livro "De Tudo o que foi dito", que será lançado neste sábado, no Agosto Butiquim, pela coleção De Versos, da Comunicação de Fato Editora. "O livro começou a nascer depois que algumas pessoas leram poemas que publiquei nas redes sociais e elogiaram muito", conta ele, acrescentando que escolheu os poemas com base em três critérios: a sua relação com o mundo e lugares por onde passou; sua história pessoal, com experiências da infância, adolescência e na vida adulta, e a sua relação com a família e as demais pessoas que povoam o seu entorno.

Caso do poemas “Sons”, escrito quando sua mãe faleceu,  e que faz referência ao talento musical dela, que era violinista. "Amava música. E também (faz referência) às dificuldades que ela teve para criar três filhos sozinha. Minha mãe era um ser humano iluminado, que cativava as pessoas de uma forma natural. E sempre me incentivou muito a estudar. Eu tive poucos brinquedos na infância, mas, quando eu pedia, ela nunca me negava um livro", rememora ele. Outro exemplo é “Pessoa”, que retoma o momento em que Luiz Roberto travou contato com  a poesia de Fernando Pessoa e da relação que passou a cultivar com ele e seus heterônimos. "Eu me reconheço muito como um poeta vivamente influenciado por Fernando Pessoa. Diferentemente da relação que tenho com a poesia de Drummond, que fui conhecendo aos poucos, a partir ds 12 anos, a minha conexão com a poesia de Pessoa brotou como um evento único. Foi uma epifania", reconhece. Os dois citados, evidentemente, são suas maiores influências, mas, claro, como todo apreciador de poesia, já devorou a obra de muitos outros autores, de todos os gêneros". Perguntado sobre em que escaninho colocaria a sua poesia, Luiz Roberto confessa: "Eu não me encaixo bem em definições ou escolas, sou um pouco 'lobo solitário' em meu fazer poético - mas me sinto mais próximo dos modernistas", conclui.

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